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Por ano, tuberculose atinge mil pessoas e mata cem em MS

Marina Miranda/Campo Grande News - 29 de abril de 2005 - 04:56

Em Mato Grosso do Sul, mil novos casos de tuberculose são notificados anualmente. A estimativa é que o número real seja de 1.300 doentes por ano. “Muitos não procuram o posto e não entram nas estatísticas oficiais”, justifica o coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Joseney Santos. Segundo ele, cerca de 100 pessoas, ou seja, 10% do total, morrem da doença. “O que é um absurdo. É um índice alto se você for analisar que a tuberculose é uma doença evitável”, ressalta.
As mortes são causadas, em grande parte dos casos, pelos próprios pacientes que largam o tratamento antes do término. “O ideal é que a pessoa se trate por seis meses, mas muitos se sentem bem antes do período e não tomam mais a medicação. Com o tempo, o doente vai ficando resistente aos remédios e a doença vai se agravando”, explica.
Santos revela que os municípios da região Norte e Centro-Oeste têm 315 municípios brasileiros que detêm mais de 70% dos casos. “A cada ano, são notificados 85 mil casos novos de tuberculose e cerca de 6 mil mortes”.
Santos afirma que a doença nunca desapareceu do País, mas sua extinção é uma das prioridades da atual administração. Além do abandono do tratamento, o risco de morte acomete aqueles que recebem o diagnóstico tardio, ou tem pouca resistência imunológica, seja por desnutrição ou outras enfermidades como o HIV. “A manutenção da pobreza é um fator agravante e faz com que a doença se mantenha no mundo todo”.
Santos esteve essa quinta-feira em Campo Grande para participar da Oficina de Mobilização, Supervisão e Avaliação do PNCT (Programa Nacional de Controle da Tuberculose), promovida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
O encontro será realizado até hoje, no hotel Jandaia. Participam técnicos das secretarias estaduais e municipais de Saúde das regiões Norte (AM, PA, AC, AP, RR e RO) e Centro-Oeste (DF, GO, MT e MS).

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