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Popó volta atrás e ainda não se aposenta

24 de outubro de 2006 - 13:25

Popó voltou atrás da decisão de pendurar as luvas e unificará o cinturão dos leves (limite de 61,2 kg) da OMB com Joel Casamayor, campeão do CMB (Conselho Mundial de Boxe). A OMB (Organização Mundial de Boxe) havia fixado anteontem, na convenção anual da entidade nos EUA, como data-limite para o brasileiro confirmar sua aposentadoria e até planejou homenagear Popó, 31.

O presidente da OMB, Francisco "Paco" Valcarcel, diz que ele adiou a aposentadoria. "Freitas não abriu mão do cinturão. Me disse que decidiu enfrentar Casamayor em uma luta no Brasil", disse à Folha. A informação foi confirmada pelo promotor das lutas de Popó, o norte-americano Arthur Pelullo, que, satisfeito, classificou, em meio a risos, a aposentadoria do pupilo como "a mais breve de todos os tempos".

"Ele pediu à OMB para não tirar o cinturão dele. [O combate com Casamayor] será uma luta unificatória, não apenas pelo título do CMB", afirmou. Durante a carreira, o baiano disse reiteradas vezes que antes de pendurar as luvas gostaria de conquistar o cinturão do CMB, verde, sob a justificativa de que ele "é muito bonito".

Popó não respondeu, até o fechamento desta edição, o recado deixado ontem à tarde pela reportagem em seu celular. Com cartel profissional de 34 vitórias, 21 nocautes, 3 derrotas e 1 empate, Casamayor conquistou o título do CMB ao superar por pontos Diego "Chico" Corrales no último dia 7.

Foi o terceiro duelo entre ambos, com somente uma vitória para o norte-americano. Popó enfrentou ambos. Venceu Casamayor por pontos em janeiro de 2002 para unificar os títulos superpenas da OMB e da AMB. Mas foi nocauteado por Corrales em 2004. Trata-se da única derrota de Popó, contra 38 vitórias, 32 nocautes.

Quando disse que estava se aposentando no último dia 23, o súbito anúncio do brasileiro foi encarado por incredulidade até por pessoas próximas a ele. Pelullo afirmou que, à época, recebera sinalizações contraditórias oriundas do Brasil.

O promotor relatou que, no dia anterior ao anúncio, recebera e-mail cujo texto dava a entender que Popó lutaria em janeiro e, após o anúncio, uma pessoa próxima ao pugilista chegou a afirmar por telefone que a história da aposentadoria era só um "mal-entendido".

Apesar de tais "sinais", Pelullo diz que a decisão de Popó de se manter em atividade aconteceu no final de semana, após os dois terem conversado. "Gary Shaw [promotor de Casamayor] me ligou e transmitiu o desafio. Falei para o Popó e ele aceitou. Por isso o pedido a Valcarcel", afirmou o promotor.

Pelullo trabalha com a possibilidade de a unificação ser organizada no Brasil. Ele já queria trazer outra luta ao país.




Folha Online

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