Inaugurada em 1998, a ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná, que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul, vem sofrendo um processo de deterioração. Segundo a edição de hoje da Folha de São Paulo, a falta de manutenção ocorre em função de uma cláusula do convênio, assinado em 1991 pelo governo de São Paulo e a União e que determina que só seria definido quem gerenciaria a ponte após o fim da obra.
A Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo, estima que cerca de R$ 20 milhões precisam ser empenhados para acabar a obra que custou R$ 586,3 milhões. Várias instalações previstas no projeto de construção, como postos da Polícia Rodoviária, da Secretaria da Agricultura, da Secretaria da Fazenda e do Centro de Controle Operacional ainda não foram construídos.
Ao longo dos 3,8 quilômetros da ponte, a reportagem da Folha flagrou a ação de cupins em algumas pilastras. Toda a rede de cabos de eletricidade que abastecia a ponte foi furtada. Crateras no asfalto também foram encontradas. Pelo convênio, o governo federal captaria 80% dos recursos destinados à execução da obra e o governo de São Paulo completaria os outros 20%. Em 1999, o convênio foi extinto e, desde então, a ponte permanece entregue ao abandono. As informações são da edição de hoje da Folha de São Paulo.
O deputado Luizinho Tenório provocou uma audiência pública para discutir o assunto.