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Geral

Poluição do ar interfere no peso dos bebês

Mauricio Cardoso/ABr - 05 de fevereiro de 2004 - 07:45

Gestantes expostas a taxas maiores de poluição do ar durante o primeiro trimestre de gravidez geram bebês com peso menor. Este é o principal resultado do estudo conjunto realizado pela Faculdade de Medicina da USP e St. George´s Hospital Medical School University, de Londres, e que envolveu 179 mil recém-nascidos de mães que moram na cidade de São Paulo. O estudo foi publicado na edição de janeiro do Journal of Epidemiology & Community Health, com o título "Association between ambient air pollution and birth weight in São Paulo, Brazil".


O epidemiologista Nelson Gouveia, um dos responsáveis pela pesquisa, acredita que a variação de peso esteja associada, entre outras, à baixa oxigenação sanguínea provocada pelos poluentes nos primeiros meses de gestação. Para cada parte por milhão (ppm) de monóxido de carbono (CO) a que as mães ficaram expostas, houve redução de 23 gramas no peso do recém-nascido, enquanto que para cada 10 miligramas por metro cúbico do material particulado PM10, a redução foi de 14 gramas. Não foram constatados efeitos significativos dos poluentes nos demais trimestres.

Segundo Nelson Gouveia, é o primeiro trabalho no Brasil a relacionar a poluição com o peso de recém-nascidos, apesar de haver outros no País que já o relacionaram com a mortalidade, problemas respiratórios, etc. Também há estudos de outros países que demonstraram relações entre a poluição atmosférica e prematuridade, problemas congênitos e mortalidade do feto.

O estudo foi realizado pelos médicos Nelson Gouveia e Maria Novaes, do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, e o britânico Steve Bremner, da St. George´s Hospital Medical School University. (Com informações são da Agência USP)

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