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Geral

Poluição diminui o peso do recém nascido

Agência Notisa - 01 de fevereiro de 2008 - 14:29

Pesquisa mostra que existe associação entre poluição atmosférica e a ocorrência de baixo peso ao nascer no município do Rio de Janeiro. Recém-nascidos de mães expostas a poluentes são mais prováveis de nascer com baixo peso.

Especialistas de todo o mundo estudam os efeitos nocivos da poluição do ar na saúde humana. Esses efeitos têm sido observados na morbidade e na mortalidade mesmo quando os níveis de poluição atmosférica são considerados moderados ou baixos. A literatura sugere que os grupos mais suscetíveis são os idosos, os portadores de doenças crônicas e as crianças. Nesse sentido, Washington Junger e Antonio Ponce de Leon resolveram avaliar o efeito da poluição do ar sobre o peso ao nascer de recém-nascidos a termo e de gestação única no município do Rio de Janeiro no ano de 2002.

Os dados sobre os nascimentos foram obtidos do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde. De acordo com artigo publicado no suplemento 4 dos Cadernos de Saúde Pública, “pesquisas indicam que o feto e o recém-nascido são mais suscetíveis que os adultos às substâncias tóxicas ambientais. A hipótese de que substâncias presentes no ambiente podem interferir com a gestação é plausível se forem considerados os efeitos do fumo materno ativo e ambiental no feto”.

Os resultados mostram que existe uma associação entre poluição atmosférica e a ocorrência de baixo peso ao nascer no município do Rio de Janeiro. Segundo a equipe, “após controlar por diversos fatores de confusão em potencial, foi estimado que recém-nascidos de mães expostas a concentrações moderadas ou altas dos agentes poluentes da atmosfera analisados, principalmente nos primeiro e terceiro trimestres de gestação, são mais prováveis de nascer com peso inferior a 2.500g”.

De acordo com os pesquisadores, “o monóxido de carbono pode cruzar a barreira placentária e, além disto, o feto é mais vulnerável ao envenenamento por CO pois existe um acúmulo 10% a 15% maior no sangue fetal que nos níveis maternos. Ainda, sua eliminação é menor no sangue do feto que no da mãe. O desfecho baixo peso ao nascer tem sido fortemente relacionado com a mortalidade infantil e é um indicador bastante sensível dos efeitos ambientais. Os resultados deste trabalho permitem um melhor entendimento dos efeitos da poluição sobre a saúde nas grande cidades brasileiras”.

Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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