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Pólo Aquático: Brasil foi adversário mais difícil

Agência Brasil - 28 de janeiro de 2004 - 09:50

A Seleção Brasileira de Pólo Aquático cumpriu o objetivo traçado para a partida contra a forte equipe da Rússia: perder por uma diferença pequena no placar. Diferença que poderia ter sido menor ainda se Felipe Perrone não tivesse perdido um gol cara a cara com o goleiro e, logo em seguida, a bola de Daniel Mameri não tivesse batido na trave a dois minutos do fim. Mas o 7 a 3 (RUS 3-1 BRA / 2-0 / 1-0 / 1-2) deixou toda a equipe satisfeita. Até o momento, a equipe brasileira foi a que menos levou gols do time vice-campeão olímpico. (Nas duas rodadas anteriores venceram a Eslováquia por 11 a 7 e a Holanda por 10 a 4).

O experiente goleiro Pará, de 36 anos, foi a pedra no caminho dos russos. Ele evitou que a derrota tivesse um gosto amargo para os brasileiros. Especialmente no terceiro quarto, quando defendeu quatro ataques consecutivos para delírio da torcida, que compareceu em bom número ao parque aquático do Vasco.

"Não gosto de perder, fico o tempo todo ligado na bola. Meu objetivo é tentar ir a uma Olimpíada porque, para mim, está ficando tarde. A Rússia ataca em bloco, em velocidade, parece a "pororoca". Mas foi um bom resultado. Para chegarmos mais perto do jogo deles só falta profissionalizar", disse Pará.

A atuação do goleiro rendeu o elogio do técnico Carlos Carvalho. "Na minha opinião, o Pará é um dos cinco melhores goleiros do mundo. Ele talvez só não tenha o reconhecimento das outras equipes porque joga no Brasil. Nós conseguimos segurar o placar porque não aceleramos o jogo e porque nossa defesa se posicionou bem", afirmou.

O treinador ficou emocionado com o resultado e disse que o time jogou acima da expectativa.
"O público brasileiro não tem idéia do que significa perder de quatro gols para um time como a Rússia. Poucas vezes se pode ver uma equipe amadora com tanta dedicação. Eu queria que a Seleção Pré-olímpica de Futebol tivesse metade da garra que a equipe de pólo aquático tem. Pode ser que a gente não consiga ir para a Olimpíada, mas todo o time está de parabéns pelo esforço em se manter no esporte. Chegamos ao topo do que uma equipe amadora pode chegar", disse Carlinhos.

Ele mostrou-se confiante para a partida de hoje, às 17h30min, contra a Eslováquia. Tem a certeza de que os eslovacos e os holandeses viram que para enfrentar o Brasil terão que jogar sério. "O que falta ao time brasileiro é ganhar um jogo de um grande adversário. Tenho dito isso a eles desde a Liga Mundial. Quando conseguirem isso, vão ver que podem".

Até o momento, no grupo B, a Rússia e a Eslováquia têm, respectivamente 6 e 4 pontos em três partidas. Em seguida, vem o Brasil com dois pontos em dois jogos. Holanda e Argentina ainda não marcaram pontos, mas a Holanda está na frente no saldo de gols.

O eslovaco Milan Cipov, o croata Nikola Frankovic e o russo Irek Zinnurov são os artilheiros do torneio com sete gols cada. Os árbitros da partida Brasil e Rússia foram Radoslaw Koriz, da Polônia, e Simion Mihai, da Romênia.

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