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Políticas de educação precisam ser unificadas e flexíveis, defende especialista

Daniel Mello, Agência Brasil - 29 de abril de 2011 - 05:38

São Paulo – As políticas para a educação precisam ser unificadas, mas, ao mesmo tempo, flexíveis. Quem pensa assim é o pesquisador e subsecretario de Ações Estratégicas da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros. Segundo ele, é necessário haver modelos comuns em todo o sistema educacional e ressalta a importância dessas fórmulas serem adaptadas a realidades regionais.

“Você pode fazer um leque de coisas, e cada um [gestor] escolhe dentro daquele leque a combinação que ele quer mais”, disse ao apresentar um levantamento organizado por ele com apoio do Instituto Ayrton Senna e do Movimento Todos Pela Educação. O estudo, elaborado a partir de 165 estudos nacionais e internacionais, analisa o impacto das políticas educacionais no aprendizado dos alunos. O material foi reunido em um site que servirá de base de consulta para pais, professores e gestores escolares.

A partir do trabalho, Barros concluiu que não é possível sintetizar uma fórmula de sucesso para potencializar ao máximo o aprendizado dos estudantes, apesar do assunto ter sido exaustivamente estudado em todo o mundo. “[O aprendizado] tem um impacto enorme sobre desenvolvimento econômico, todo mundo quer saber como melhora o desempenho em matemática e ciências, todos os países do mundo, e você não consegue descobrir isso”.

De acordo com ele, existem, entretanto, questões pontuais que demonstraram ter efeito direto sobre o aproveitamento nas salas de aula. Essas medidas, Barros defende que sejam padronizadas e difundidas por meio de amplas políticas educacionais, sem abrir mão das adaptações locais. “É importante essa padronização dos componentes sem padronizar a seleção dos componentes”, afirmou.

Entre os destaques do estudo, está a constatação de que um aluno que tenha aulas com um professor, que está entre os 20% melhores da rede de ensino, pode aprender em um ano 68% mais do que outro que estude com um docente que faça parte dos 20% piores. Além disso, o aproveitamento também é influenciado pelo tamanho da turma. Em média, uma redução de 30% no no número de alunos em uma mesma sala leva a um aumento de 44% daquilo que o estudantes aprendem.



Edição: Aécio Amado

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