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Geral

Política e futebol espantam muita gente

Manoel Afonso - 14 de dezembro de 2014 - 18:47

Sempre ouço os apelos da heroica crônica esportiva do Estado no sentido de que o futebol tenha apoio do Governo e da população de modo geral. Argumenta-se também que poucos cidadãos se dispõem a participar ativamente da diretoria dos clubes.

Claro que esse pessoal tem razão com esse vazio de coragem em segurar a bandeira desta ou daquela agremiação. Mas não se pode negar que essa recusa contínua em assumir compromissos deve ser respeitada pelos convidados. E eles, têm seus motivos.

Vejamos:

Pelo noticiário sabe-se das falcatruas do submundo do futebol nas equipes das duas principais séries do Brasileirão. São dirigentes levando vantagem, em associação com empresários e gente altamente suspeita. Lava-se dinheiro sujo em prejuízo aos clubes cada vez mais endividados. E quando o clima não cheira bem, a tendência natural que as pessoas competentes se afastem.

Na outra ponta está a política, cujo exercício está diretamente ligado ao nosso dia a dia e futuro. As pesquisas mostram que a cada novo escândalo é maior o número de pessoas que alegam não confiar na classe política de um modo geral. Evidente que a retração das pessoas que preencheriam os requisitos para representar a sociedade, acaba abrindo espaço aos elementos pouco qualificados.

Tal qual nos subterrâneos do futebol, a mídia vem denunciando escândalos sucessivos devido a corrupção na administração pública, que prejudicam os cofres da nação e comprometem a solução de velhos problemas ligados à saúde e segurança principalmente. É bom lembrar que a obrigatoriedade do voto continua devido ao temor pela reação do eleitor no sentido de simplesmente deixar de votar.

E aí vêm a pergunta inevitável:

Aquele profissional liberal ou empresário assoberbado de compromissos de toda ordem estará motivado para encontrar fôlego extra com o objetivo se dedicar ao futebol ou a política partidária? Ambos estão estigmatizados pelos motivos citados.

E convenhamos; se não é impossível, é no mínimo difícil.

Quem se habilita?

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