Pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o HCOR, Hospital do Coração, promete acabar com a necessidade de ingestão de diversos medicamentos diários pelos hipertensos. Pesquisadores brasileiros e de outros seis países completaram, com sucesso, a primeira fase de testes de uma pílula que pretende substituir quatro remédios para prevenir doenças cardiovasculares. A Polipílula combina os princípios ativos que evitam o entupimento de artérias do coração e, ao mesmo tempo, reduzem a pressão e baixam os níveis de colesterol no sangue. Testado em 400 pacientes de sete países, o novo medicamento reduziu em 60 por cento o risco de derrame ou infarto no futuro. O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, afirma que, caso os próximos resultados também sejam positivos, a Polipílula poderá ser introduzida no SUS nos próximos anos. Segundo ele, estudos como esse da Polipílula comprovam o avanço do Brasil na área de tecnologia em saúde.

\"A gente está em um momento em que o Brasil começa a ser um país inovador. Estamos introduzindo novas vacinas, novos diagnósticos, novos equipamentos, como os equipamentos para o eletrocardiograma digital no SAMU. Então o eixo de inovação se tornou um eixo central da política nacional de saúde.\"

O Ministério da Saúde estima que a Polipílula deverá custar, por ano, 205 reais. Esse valor equivale a um quarto do que os pacientes gastam atualmente com os quatro medicamentos.

Reportagem, Alexandre Souza