A Polícia Rodoviária Federal (PRF) decidiu em assembléia hoje (25) deflagrar greve a partir das 0h deste domingo (25) em todo território nacional. Amanhã, os policiais fazem um ensaio da paralisação geral e cruzam os braços por 24 horas. Na segunda-feira, eles retornam à fiscalização e se as reivindicações não forem atendidas até a próxima quinta, eles param por tempo indeterminado.

A manobra é uma retaliação à posição do governo em não atender as solicitações da categoria. Os policiais aguardam a edição da Medida Provisória que concederia Nível Superior para acesso à carreira e tabela de correção salarial. A primeira parcela do rajuste já seria pago em julho de 2008.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários em Mato Grosso do Sul, Marcos Khadur Rosa Pires, a União atendeu as reivindicações de outras 17 categorias, deixando de lado as propostas dos PRFs. “O governo rasgou o termo de acordo que ele próprio assinou”, disse.

Até a próxima quinta, os policiais permanecerão em manifestações com carros de som e palavras de ordem em frente a Superintendência Regional.Os agentes que prestam serviços administrativos não efetuarão atendimento ao público.

O final da Operação Corpus Christi deve ser prejudicada com a paralisação. “Não haverá aumento de efetivo e só vamos atender acidentes com vítimas. Um atendimento prévio será feito aos acidentes com danos materiais, recolhendo os veículos das vias”, afirmou Marcos.

Durante a próxima semana, será feita ainda uma fiscalização a todos os veículos de carga, mas sem emissão de documentos. Durante a greve, só serão mantidos serviços essenciais, como efetivo mínimo nas rodovias, atendimento a acidentes com vítimas e situações de flagrantes. Conforme o sindicato, Mato Grosso do Sul tem 420 policiais rodoviários federais.