Começou ontem às 9h e segue até o fim da tarde de amanhã a assembléia geral dos policiais federais, em Brasília, com representantes de todos os estados brasileiros. Durante a reunião a categoria definirá os novos rumos da greve que dura 56 dias. Também é avaliada a possibilidade de radicalização, com a suspensão do trabalho de custódia de presos e emissão de passaporte, mas até o momento nada está definido, informou o presidente do Sinpef (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Sidnei Cuissi.
Outro assunto em debate é o corte de ponto de 1.061 grevistas do Distrito Federal, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nos demais estados, os sindicatos conseguiram liminares que impedem o desconto dos salários dos dias parados. O desconto atinge 17% do pessoal parado, segundo a federação que representa os policiais. Para evitar o retorno ao trabalho, a categoria resolveu se unir e fazer uma “vaquinha” nos estados onde não haverá o corte para reposição dos descontos.
Em resposta a greve, o Ministério da Justiça encerrou as negociações e criou uma comissão para analisar mudanças na Polícia Federal. Os grevistas reivindicam reajustes entre 16% e 85%, que adequariam os salários à exigência de nível superior.