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Policiais civis da Bahia fazem paralisação de 24 horas
Policiais civis da Bahia realizam hoje (11) uma paralisação de 24 horas, como forma de reivindicar a contratação de 340 agentes e escrivães aprovados no concurso de 1997, ainda não nomeados para exercer o cargo.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc), Carlos Gomes Lima dos Santos, desde abril de 2009 a justiça baiana deu ganho de causa aos concursados, o que foi negado pelo delegado-geral da Polícia Civil, Joselito Bispo da Silva. Não houve nenhuma demanda judicial, garantiu o delegado-geral à Agência Brasil.
No entanto, ele admite que por causa de uma falha de edital, o concurso realizado em 1997 continua válido até os dias de hoje. O exercício financeiro precisa ser feito dentro de metas preestabelecidas no orçamento. Com isso, não podemos fazer essas nomeações sem uma análise mais apurada das condições financeiras e orçamentárias do estado. Caso contrário corremos risco de descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, argumenta Silva.
Segundo ele, devido ao erro do edital preparado por outro governo, o estado sequer pode realizar novos concursos.
O presidente do sindicato afirma que há falta de profissionais no estado. A Bahia tem uma carência de cerca de 3 mil profissionais. São apenas 3.761 servidores, enquanto que, para cumprir o que define a lei orgânica, deveríamos ter 6.640.
"O que reivindicamos é a contratação de pessoal através de concurso público para Polícia Civil e nomeação dos concluintes do curso de formação em 2009, como forma de amenizar a sobrecarga de trabalho, acrescenta o presidente do Sindipoc.
De acordo com o presidente do sindicato, ações que envolvam flagrantes, o atendimento a vítimas de estupro e a remoção de corpos continuam sendo prestados, apesar da paralisação.