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Policiais civis cruzam os braços por votação de PEC

Campo Grande News/ Denis Matos e Aline Queiroz - 26 de maio de 2010 - 10:45

Teve inicio às 8h desta quarta-feira a paralisação de policiais civis do Estado por conta das PEC’s (Proposta de Emenda a Constituição) 300 e 446, que cria o piso salarial nacional das policias e corpo de bombeiros militares.

Caso seja aprovada, policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários terão um piso salarial nacional e passarão a receber, em média, R$ 3.500 por mês (nível médio) e R$ 7 mil (nível superior).

As paralisações são coordenadas pelo Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul). A concentração acontece em frente ao Cepol (Centro Especializado de Policias), na rua Ceará, e na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), na rua Padre João Crippa.

De acordo com o secretário-geral do sindicato, Osmar Paulino, apenas 30% do efetivo das delegacias irá trabalhar hoje, para lavrar flagrantes e a confecção de boletins de ocorrência. “Se a pessoa for até a delegacia será atendida. A nossa paralisação é um ultimato para a votação da PEC”, explica. As investigações também não serão realizadas nesta quarta-feira.

Ontem, o presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer (PMDB-SP) decidiu, em reunião com líderes dos partidos, criar uma comissão de três deputados governistas e três da oposição para analisar o texto da PEC 300 e de outras matérias relacionadas à segurança pública, como a PEC 308/04, que cria a Polícia Penal.

A decisão desagradou o representante dos policiais presente, deputado federal Capitão Assumção (PSB-ES). Ele decidiu informar ao público o que se passava no encontro do colégio de líderes, postando em seu twitter todas as decisões anunciadas por Michel Temer. A medida irritou o presidente, que encerrou a reunião.

Os policiais garantem que as manifestações não irão prejudicar a população. Luciano Viana, 34 anos, soube da manifestação ao ver a manifestação em frente à Depac, com caixas de som e faixas, ele não sabia do que se tratava. Ao saber que é sobre questão salarial, declarou apoio a causa: “Policial tem de ganhar bem mesmo, políticos ganham bem, por que não policiais?”, questionou.

Em março deste ano, o plenário da Câmara aprovou o piso de policiais e bombeiros. O texto aprovado foi o da PEC 446/09, que prevaleceu sobre a PEC 300/08, e definiu o piso provisório de R$ 3,5 mil para os policiais e bombeiros de menor graduação e de R$ 7 mil para os de nível superior até que uma lei federal determine os valores permanentes.

A votação, no entanto, ainda não foi concluída porque falta votar os destaques apresentados ao texto principal. A comissão criada não tem data para a conclusão dos trabalhos, mas o presidente da Câmara garante que o resultado será apresentado em breve.

Hoje à tarde o Sinpol realiza reunião com os policiais para avaliar a paralisação.

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