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Polícia Militar veta Morumbi, e Promotoria abre inquérito sobre acidente

Correio do Estado - 14 de maio de 2016 - 08:15

A Polícia Militar vetou, nesta sexta (13), o uso do Morumbi, após acidente que deixou 16 feridos nesta quarta (11), durante a partida entre São Paulo e Atlético-MG, pelas oitavas de final da Libertadores.

O acidente aconteceu no camarote de patrocinadores da Conmebol, durante a comemoração do gol do São Paulo. A grade de proteção cedeu, provocando a queda de aproximadamente 30 torcedores no fosso do estádio, a uma altura de 2,5 m.

Sete torcedores tiveram que ser levados para hospitais da região e três pessoas passaram por intervenções cirúrgicas devido a fraturas em diferentes partes do corpo. A mais grave foi a de um garoto de 11 anos, na mandíbula.

Em ofício recebido pelo clube nesta sexta, a PM suspende a validade do laudo técnico que permitia o funcionamento do estádio. Segundo o São Paulo, o documento exige que a área do acidente seja consertada para que a PM realize nova vistoria antes de liberar o estádio novamente.

O São Paulo diz que não há previsão de quando o conserto será finalizado e que está trabalhando para resolver o problema o quanto antes. O clube reitera que a prioridade continua sendo prestar toda assistência aos torcedores que se machucaram no episódio.

A próxima partida do São Paulo como mandante acontece no dia 22 de maio, contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro.

INQUÉRITO

O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou um inquérito nesta quinta-feira (12) para apurar as causas e as responsabilidades sobre o acidente.

O inquérito pede que o presidente do São Paulo encaminhe à Promotoria de Justiça um laudo técnico atestando as atuais condições de segurança do estádio, num prazo de dez dias.

Também exige, no mesmo prazo, que a Federação Paulista de Futebol realize uma vistoria para avaliar a atual condição de segurança do estádio e sua eventual interdição, e que a Secretaria Municipal de Licenciamentos envie informações sobre o relatório técnico que atestava a segurança do estádio.

O promotor de Justiça de habitação e Urbanismo Marcus Vinicius Monteiro dos Santos afirmou no documento que, recentemente, a Prefeitura de São Paulo e o Corpo de Bombeiros prestaram informações a um inquérito que tramita desde 1999 confirmando que o estádio "reunia condições de segurança para a realização de eventos esportivos".

INTERDIÇÃO

A Defesa Civil da Subprefeitura do Butantã já havia decidido interditar parcialmente o estádio. A interdição seria feita em toda a primeira fileira do anel inferior, onde aconteceu o acidente.

O órgão, ligado à Prefeitura, fez uma vistoria no começo da tarde de quinta (12) e notificou o clube. A informação é da Defesa Civil.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros pedem para a diretoria tricolor que um novo laudo seja emitido sobre as condições dos guarda-corpos.

"Vamos pedir um laudo que ateste que os guarda-corpos estão em condições. O São Paulo tem 15 dias para nos entregar isso, sob pena de cassação da licença", afirmou o capitão Marcos Palumbo.

Segundo ele, apesar do acidente, a situação do Morumbi estava regular. Em resumo, o Corpo de Bombeiros avalia se um local está apto para receber pessoas, enquanto a Defesa Civil verifica se o prédio está com a estrutura segura.

ADAPTAÇÃO

Segundo bombeiros que vistoriaram o local do acidente, uma adaptação feita nas grades dos guarda-corpos do Morumbi para torná-las regulares pode ter sido a causa do acidente.

O vice-presidente de comunicação e marketing do São Paulo, José Francisco Manssur negou, também na quinta, que houve ruptura da adaptação feita pelo clube.

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