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Polícia já ouviu 5 sobre caso de mãe que cometeu suicídio após matar filha

Kleber Kajus, Campo Grande News - 13 de junho de 2014 - 11:16

A faca que, segundo a Polícia, foi usada pela mãe para matar uma filha e ferir a outra (Foto: Tribuna Livre)
A faca que, segundo a Polícia, foi usada pela mãe para matar uma filha e ferir a outra (Foto: Tribuna Livre)

Cinco pessoas, entre familiares e vizinhos, já foram ouvidos pela Polícia Civil na investigação do suicídio de uma mãe que matou a filha de 14 anos e feriu outra de 8 anos com golpes de facão no pescoço em Paranaíba, município distante 422 quilômetros de Campo Grande. O delegado Arivaldo Teixeira pretende intimar mais cinco pessoas, entre elas o pai das meninas que ainda está em estado de choque.

De acordo com o delegado, os depoimentos são unanimes em confirmar que Luzia Marques de Souza Cavalcante, 38, possuía distúrbios psicológicos e comportamento agressivo, não restando dúvida sobre a autoria do crime ocorrido na terça-feira (10).

O próprio irmão, Pascoal Marques de Souza, 43, confirmou ao Campo Grande News nesta semana que Luzia passava por processo de separação e chegou a ser internada em uma clínica psiquiátrica, cerca de três meses atrás. “Ela escapou da clínica e estava tomando remédios”, comentou.

Contudo, a mãe de Sara de Souza Cavalcante, 12, e Saila de Souza Cavalcante, 8, acabou por ferir as filhas no pescoço com um facão enquanto dormiam. A mais velha chegou também a ser enforcada com um ferro de passar roupa e morreu na Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba. Luzia se suicidou com o fio de um secador amarrado à grade da janela e Saila foi socorrida por vizinhos.

“Um vizinho que prestou socorro disse, em depoimento, que foi uma cena de terror. As meninas saíram ensanguentadas da casa e andaram 80 metros para pedir ajuda. Pela dinâmica do local, a mãe pode ter atacado a mais velha primeiro e a outra menina teve mais tempo de reação”, relata o delegado Arivaldo Teixeira.

O pai das meninas, não estava em casa. Ele chegou a se dividir, na quarta-feira (11), entre o sepultamento da filha e esposa, bem como o acompanhamento da filha Saila que ainda está no hospital. A garota já passou por cirurgia e chegou a ficar em coma induzido na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) antes de ser transferida, ontem (12), para um quarto da ala pediátrica. Ela não corre mais risco de morte.

Conforme o delegado, o marido ainda não prestou depoimento em razão do estado emocional que se encontra. Uma nova tentativa deve ser realizada hoje, bem como a intimação de amigos das crianças.

Uma carta deixada por Luzia Marques também está sendo periciada. No texto ela relata de forma genérica que se sentia humilhada e dá orientações como, por exemplo, o que fazer com a moto da família e sobre o pagamento de algumas despesas. Em outro ponto, ela declara que o ex-marido agora estaria livre dela e das filhas.

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