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Polícia investiga se problema anterior a agressão provocou morte de aluna

Campo Grande News - 07 de dezembro de 2018 - 14:00

A Polícia Civil investiga se um problema anterior provocou a morte da menina Gabrielly Ximenes de Souza, de 10 anos, que morreu nesta quinta-feira (6), uma semana depois de ser agredida por colegas perto da escola Lino Villachá, no Bairro Nova Lima, em Campo Grande. Depois de ouvir uma criança de 9 anos, que afirmou ter agido sozinha e dado "3 mochiladas" na colega, a delegada responsável pelo caso, Fernanda Félix, disse que "é impossível" que isso tenha causado a morte.

Gabrielly morreu em decorrência de quatro paradas cardiorrespiratórias, depois de passar por um procedimento cirúrgico no quadril. A polícia quer saber, agora, se havia alguma doença pré-existente. A família nega e diz que a menina era saudável.

De acordo com a delegada, a partir do depoimento da menina de 9 anos, a conclusão é que outras duas adolescentes, de 13 anos, citadas como participantes da briga, sequer encostaram na criança. "Apenas presenciaram o fato", reforçou a delegada por mais de uma vez. Segundo a policial, as meninas estariam com medo e recebendo ameaças.

A investigação está a cargo da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude). Conforme a delegada, Gabrielly não tinha nenhuma lesão ou marca aparente no corpo que indicasse espancamento. Além da garota de nove anos, outras testemunhas, como comerciantes, vendedores ambulantes e as adolescentes foram ouvidas e afirmaram que a briga foi só entre as duas crianças.

Como começou - A menina mais nova, acompanhada pela família, relatou, segundo a delegada que, a briga começou na escola. Uma xingou a mãe da outra. Quando acabou a aula, as duas seguiam pela a rua quando se desentenderam novamente e uma puxou o cabelo da outra.

A colega, então, usou a mochila para agredir a vítima. Foram três golpes, de acordo com o relato da criança e das testemunhas. Por isso, a polícia não acredita que os golpes tenham causado a morte da menina. “Tinha apenas cadernos na mochila”, diz Fernanda Félix.

Segundo a delegada, há relatos de que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) já havia ido outras vezes atender Gabrielly na escola. O pai, porém, alega que a menina era saudável não tinha problema de saúde. “Depois que a menina recebeu alta médica, ela foi para a escola, para a igreja e só depois passou a reclamar de dores”, diz Fernanda.

A reportagem também apurou que a equipe médica relatou que a infecção apresentada no quadril da garota tinha um estágio muito avançado, o que provocou estranheza. Ontem, a Santa Casa informou que a menina morta havia dado entrada dia 29, levada pelo Samu, ficado em observação por 12 horas e sido liberada, andando normalmente. No dia 4, ela retornou, com dores no quadril e febre. Passou por procedimento cirúrgico e, no dia 6, morreu devido a paradas cardiorrespiratórias.

Por envolver adolescentes e crianças, os nomes das agressoras são preservados por imposição do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Além dos depoimentos já colhidos, das informações do hospital, os laudos periciais vão indicar a causa da morte da garota.

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