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Polícia Federal prende seis pessoas por fraudar fundos de pensão

Flávia Albuquerque, Agência Brasil - 11 de março de 2014 - 13:27

A Polícia Federal em São Paulo deflagrou hoje (11) a Operação Fundo Falso, na qual foram presas seis pessoas e cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na capital paulista. Os presos são responsáveis por uma consultoria com sede em São Paulo, mas que atuava em todo o país, procurando gestores de fundos de previdência municipal para que o dinheiro dos servidores públicos fosse aplicado em investimentos que eram considerados temerários - títulos de baixa rentabilidade ou credibilidade no mercado e que no futuro não teriam condições de pagar a aposentadoria dos trabalhadores.

De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros, Rodrigo Sanfurgo, os gestores municipais tinham ciência de que os fundos de investimentos eram temerários, mas eram convencidos pelos consultores a investir em troca da devolução de parte do dinheiro para esses gestores.

“Estamos falando de 107 fundos de pensão em nove estados do país. A consultoria indicava o fundo de investimento com rentabilidade extremamente desastrosa e quem ganhava com isso eram os gestores municipais e os consultores da empresa que pegavam de volta esse dinheiro aplicado. Havia um conluio porque fundo de pensão algum investiria em aplicações que todo o mercado sabe que não tem rentabilidade”, explicou.

Os seis presos serão acusados de fraude de licitação, gestão fraudulenta, organização criminosa e lavagem de dinheiro. “Essa consultoria não precisava de licitação para fazer o serviço de orientação dos investimentos, porque cobrava R$ 600,00 por mês e por ser um valor baixo os municípios dispensavam o processo licitatório”, explicou Sanfurgo.

A Polícia Federal não revelou o nome da empresa de consultoria e nomes dos seis presos, por questão de sigilo das investigações, que estão em andamento desde 2012. O material apreendido abrange computadores, documentos e discos com informações. A próxima etapa é investigar os gestores municipais, que na maioria são funcionários públicos.

“Agora vamos analisar a documentação para avaliar a participação dessas pessoas, e se de fato sabiam sobre os fundos. Ainda não identificamos todos os gestores e não sabemos exatamente qual o valor exato, mas acreditamos que os 107 fundos devem somar bilhões em dinheiro que seria da aposentadoria dos servidores públicos”, disse Sanfurgo.

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