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Polícia fecha cronologia sobre assassinato de arquiteta

Campo Grande News/ Angela Kempfer e Marcio Breda - 13 de julho de 2010 - 09:01

Prestes a concluir o inquérito sobre a morte da arquiteta Eliane Nogueira, o delegado Wellington de Oliveira, do 4º DP, diz que já tem convicção sobre o que ocorreu no dia do assassinato, com o fechamento da cronologia do crime.

As três horas que ainda faltavam para a versão da Polícia estar fechada, já foram delineadas com base em depoimentos e investigação.

O delegado acredita que o empresário Luiz Afonso de Andrade demorou 2 horas para planejar o que iria fazer com o corpo da esposa.

Na versão policial, a partir da 1h da madrugada do dia 2 de junho, o casal discutiu muito. Eliane arranhou Luiz, que na troca de agressões esganou a arquiteta, por volta de 1h30.

Depois desse horário, na linha de raciocínio do delegado, o empresário seguiu provavelmente para sua loja, na rua José Antonio, onde trocou de roupa e pegou material combustível, já com Eliane no banco traseiro, saindo por volta de 1h45.

“Provavelmente ele pegou querosene ou thinner (solvente)”, diz Wellington, com base nos produtos usados na empresa de iluminação de Luiz Afonso.

Entre 1h45 e 3h40 da madrugada, ele circulou pela cidade até decidir o que fazer com o corpo, acredita o delegado, até ser flagrado por circuito de segurança na avenida Três Barras, comprando fósforos e cigarro.

O delegado acredita que o empresário, ao perceber que havia matado a esposa, decidiu acabar com a beleza da arquiteta. O combustível foi jogado no assoalho do carro, para que as chamas pudessem desfigurar o corpo de Eliane.

Uma das portas do veículo foi deixada aberta, para que o vento pudesse alimentar ainda mais as chamas.

Depois do fogo alto, Luiz Afonso virou as costas e seguiu pela avenida Três Barras, passando de novo em frente à Conveniência Sadan Festas, quando foi novamente flagrado pelas câmeras do circuito de segurança.

Wellington acredita que Luiz Afonso caminhou até a avenida Zahran ou imediações, onde conseguiu pegar um táxi até as proximidades da Rua Joaquim Murtinho. De lá seguiu até sua empresa caminhando, onde circuitos internos de TV flagraram sua chegada, às 4h55.

Segundo o delegado, Luiz Afonso estava com seu carro estacionado no prédio onde morava, na Avenida Mato Grosso. Como o tempo era muito curto para ser feito a pé desde o bairro Tirandentes, onde o corpo foi carbonizado, acredita-se que ele tenha usado um outro veículo no trajeto.

A Polícia já conversou com 14 taxistas que atuam na região, mas ainda não conseguiu qualquer informação que comprove essa tese.

O fechamento do inquérito ainda depende de todos os laudos, inclusive informações repassadas depois da quebra de sigilos telefônico e bancário, decretados na sexta-feira.

Veja a cronologia, na versão da Polícia Civil.

21h30 – Casal sai do prédio de Eliane, na avenida Mato Grosso, com destino ao buffet Ondara, na Chácara Cachoeira.

0h30 - Em um carro, seguido por um amigo, o casal sai da festa para jantar no restaurante Casa Colonial, na Afonso Pena.

0h40 – Como o restaurante estava fechado, os dois deixam o local.

0h55 - Eliane faz último contato com casal de amigos pelo telefone e rejeita novo convite para jantar, já com voz “desanimada”.

1h – Empresário e arquiteta começam a discutir dentro do carro

1h30 – Luiz Afonso asfixia Eliane.

1h45 – Empresário volta à empresa de iluminação para trocar de roupa e pegar combustível para incendiar carro da arquiteta.

Entre 1h45 e 3h40 – Marido circula pela cidade decidindo o que fazer com o corpo da arquiteta.

4h06 - Circuito interno da conveniência Sadan Festas registra o momento em que Luiz compra fósforos e cigarros e sai em direção ao veículo Pólo, de Eliane, estacionado do outro lado da rua.

4h10 - Empresário deixa o local do crime.

4h28 - Novamente as câmeras flagram ele voltando a pé.

4h40 – Luiz Afonso toma táxi na avenida Zahran

4h55 - Ele chega à loja de iluminação que mantém na rua José Antônio, quase esquina com a Afonso Pena.

7h00 - Marido da arquiteta é preso.

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