O delegado Márcio Obara, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, descartou a ligação entre Charles Siqueira, que morreu enforcado, ontem, no presídio de Segurança Máxima, e o assassinato do policial civil aposentado Sérgio Marcos Gomez, morto em janeiro deste ano.

Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado informou que Charles Siqueira foi ouvido no processo porque, ao ser preso, tinha duas pistolas 9 milímetros (arma de uso restrito), mesmo calibre dos tiros que mataram o policial aposentado.

Após ouvir Charles, que foi preso no último dia 13 de abril, em Campo Grande, a polícia não encontrou qualquer ligação, contudo, ainda é aguardado um laudo da perícia sobre a arma.

Sérgio Gomez, conhecido como “Sergião”, foi executado com três tiros de pistola quando trafegava em seu carro, um Fiat Uno, na avenida Manoel da Costa Lima, em Campo Grande. Conforme o delegado, não há novidades no caso. Testemunhas já foram ouvidas e a polícia aguarda laudos periciais.

Enforcado – Tido como um dos criminosos mais perigosos do Estado, Charles Siqueira tinha mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio. No dia 15 de fevereiro, no assentamento Jibóia, em Anhanduí, ele trocou tiros com policiais militares. No dia da prisão, em abril, ele foi flagrado com duas pistolas, dois revólveres e R$ 3 mil.

Charles Siqueira também é suspeito de ter participado de seqüestro de um funcionário de banco em Nova Alvorada do Sul, no dia 12 de fevereiro, quando os assaltantes também trocaram tiros com a polícia.

Ontem, ele foi encontrado enforcado na Máxima. A advogada Ana Lúcia Duarte Pinasso denuncia que o preso foi levado para o presídio mesmo com a defesa alegando que ele corria risco de ser morto.