Pelo menos 20 chefes de investigação da Polícia Paulista, suspeitos de integrar a suposta máfia de caça-níqueis investigada na Operação Xeque-Mate da PF (Polícia Federal), foram afastados de suas funções neste sábado. O delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme, afirmou que os policiais deverão realizar trabalhos administrativos até a conclusão do inquérito.

A Corregedoria da Polícia Civil já sabe que 84 das 93 delegacias da cidade recebiam de R$ 40 a R$ 4.400 por semana. Os nomes dos suspeitos aparecem em uma lista apreendida no carro do advogado Jamil Chokr após um acidente na marginal Tietê, na zona norte de São Paulo, no dia 25 de maio.

No veículo do advogado a polícia encontrou peças de caça-níqueis e R$ 38 mil. Parte do dinheiro estava em 31 envelopes supostamente destinados a distritos policiais ou delegacias seccionais. Chokr admitiu que trabalha para donos de caça-níqueis e bingos, mas ressaltou que o dinheiro era para pagamento de honorários.

Existe a suspeita de que o advogado operava um esquema de pagamentos de propinas para policiais civis de São Paulo.

(Com informações da Folha Online)