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Polícia conclui que médico legista cometeu suicídio

Paulo Montoia/ABr - 17 de março de 2006 - 19:10

A polícia civil de São Paulo apresentou hoje (17) um laudo conclusivo de que foi suicídio a causa da morte do médico legista Carlos Alberto Delmonte Printes, que assinou o primeiro laudo de necropsia do corpo do prefeito de Santo André, Celso Daniel. O delegado José Antônio Nascimento, responsável pelo inquérito, disse que Delmonte Printes "cometeu suicídio motivado pela dissolução de seu casamento".

O laudo complementar conclusivo foi apresentado pela manhã à imprensa pelo delegado – que é do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da polícia paulista –, com a presença dos dois médicos legistas que o assinaram. O resultado foi divulgado também, à tarde, em comunicado da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, no portal oficial do governo.

Delmonte Printes, de 55 anos, foi encontrado morto em seu escritório, na capital paulista, em 12 de outubro de 2005. O laudo complementar conclui que ele morreu em razão da ingestão de três medicamentos: Dormonid (um sedativo), Propanol (para arritmias cardíacas) e Midocaína (anestésico). No comunicado, o médico legista Ricardo Cristolfi, diretor do Centro de Pesquisas do Instituto Médico Legal, diz que "ele não tinha necessidade de tomar aqueles medicamentos e, sendo médico, sabia do risco de ingeri-los simultaneamente".

O documento final soma 763 folhas em quatro volumes. Foram ouvidas 26 testemunhas, entre familiares, colegas de trabalho e amigos, e realizados 13 laudos necroscópicos. Segundo a polícia, dois dias antes de morrer, Demonte Printes transferiu R$ 100 mil para a conta corrente de sua ex-mulher. Também deixou cartas, que tiveram sua caligrafia confirmada por perícia, informando como deveria ser velado, a quem avisar e o que ele gostaria que fosse feito.

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