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Polícia Civil apura briga de alunos em saída de escola

Correio do Estado/ Diário On Line - 05 de outubro de 2013 - 07:16

Titular da Delegacia de Atendimento a Infância, Juventude e Idoso de Corumbá (DAIJI), a delegada Priscila Anuda Quarti Vieira, informou que foi instaurado o chamado procedimento de apuração de ato infracional no caso da briga envolvendo adolescentes, que usavam uniformes da rede estadual de ensino, nas proximidades da Escola Estadual Doutor Gabriel Vandoni de Barros.

"Essas duas são menores, foi instaurado procedimento de apuração de ato infracional, (...) as pessoas fizeram exame de corpo de delito assim mesmo. O procedimento não tem prazo definido para conclusão, mas aqui na DAIJI procuramos celeridade", disse a delegada. Priscila Vieira afirmou que esse tipo de ocorrência, envolvendo adolescentes, não é comum no município. "Não acontece isso com tanta frequência. Aqui na Delegacia, tenho, salvo engano, dois ou três, no máximo, registros de boletim de ocorrência desse porte, nas proximidades de escola", afirmou a titular da DAIJI.

A delegada, que assistiu aos vídeos, disse que chamou atenção - de maneira negativa - a inércia dos jovens que assistiam as agressões sem que tomassem a iniciativa de apartar ou chamar a Polícia. "O que nos causa preocupação não é só a postura das duas menores que estão entrando em vias de fato propriamente dito, mas a postura dos demais que estão ao redor incitando as adolescentes a praticarem o ato, como se fosse um ringue de luta para ver quem que vai vencer", observou.

Numa situação como essa, a atitude esperada é que, no mínimo, comuniquem as forças policiais sobre o fato. "Hoje estão deturpados os valores, do que é certo e errado. Para a maioria que está com valores deturpados, a conduta deles não é tão errada assim porque eles não estavam brigando. Mas, estavam incentivando que brigassem, estão errados, não tem meio termo, estavam incentivando uma prática criminosa. O bom senso e o valor do que é certo ou errado nos indica que a postura adequada seria que um estudante desses acionasse o colégio para que chamasse a Polícia Militar para que fizesse a condução de todos para a delegacia, não foi o que aconteceu", ressaltou Priscila Vieira. "Nesse caso, seria [enquadrado] como lesão corporal recíproca, porque provavelmente essas meninas ficaram machucadas e a gente também pode analisar a conduta das outras pessoas que ficaram ao redor incitando a prática do crime", argumentou.

A briga envolvendo as adolescentes na saída da escola, só chegou ao conhecimento dos policiais da Delegacia de Atendimento a Infância e Juventude após familiares de uma das envolvidas registrarem a ocorrência. "Uma das partes veio com os responsáveis legais, para fazer ocorrência contra outra parte. Foi dessa forma que ficamos sabendo do ocorrido. Se lá na hora, no momento do fato alguém tivesse acionado a PM ou a própria DAIJI, teríamos feito procedimento na hora e avaliaríamos necessidades de encaminhar as menores para a UNEI. É cabível para o menor, segundo o ECA, medida de internação quando é praticado um ato infracional com violência ou grave ameaça a pessoa. Analisaríamos se esse ato praticado se enquadraria numa dessas situações para encaminhar para a UNEI. Isso tudo faríamos numa situação de flagrante, que não teve", destacou a delegada. Na DAIJI, essa briga na saída da escola teve boletim de ocorrência registrado em 23 de maio de 2013.

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