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Polícia apura se mãe e mulher de jardineiro ajudaram a manter cárcere

Campo Grande News - 20 de agosto de 2014 - 14:10

Depois de a adolescente de 17 anos pedir ajuda por meio de escritas no verso de uma receita médica e se livrar do cárcere privado, que era mantida há um ano, a Polícia Civil agora se empenha em descobrir se a mulher e a mãe do jardineiro Dirceu Benites, 40 anos, suspeito de manter a menina em cárcere e agredi-la, e parentes dele sabiam que a jovem vivia trancada. Dirceu continua foragido.

Responsável pela apuração, o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da DEPCA (Delegacia Especializada Proteção à Criança e ao Adolescente), explica que o que intriga a polícia é que a mulher de Dirceu, de 58 anos, escondeu a adolescente na própria casa quando equipes da Polícia Militar chegaram na residência.

“Ela mentiu, mas os policiais olharam por uma fresta e viram a menina com o filho dela, que tem cinco meses”, explica o delegado.

Em depoimento à Polícia Civil, a adolescente disse que conheceu Dirceu há um ano por meio de uma amiga. Na época, o homem apresentou um nome falso e não disse que era casado. Logo no início do relacionamento, a menina saiu de casa.

Dirceu levou a amante para morar na casa da própria mãe, no entanto a esposa dele descobriu a traição. O homem decidiu então levar a jovem para uma edícula, que foi alugada no bairro Guanandi. A adolescente morava sozinha no espaço que só tinha uma porta e era trancada por Dirceu toda vez que ele ia embora. Em março desse ano um bebê nasceu da relação e vivia com a adolescente.

Com as investigações, a polícia pretende descobrir se a mulher de Dirceu e parentes dele sabiam que ele mantinha a adolescente trancada na edícula do bairro Guanandi. Um dos indícios da participação da mulher no cárcere é que a adolescente foi encontrada na casa dela e do marido, após o pedido de socorro.

O depoimento da adolescente detalha ainda mais detalhes da violência de Dirceu. O homem, que registrou o próprio filho com um nome falso, usava instrumentos de jardinagem para agredir a vítima. A adolescente está com o filho na casa da mãe.

O caso – Na segunda-feira (18) a jovem conseguiu sair de casa porque sentia dores e foi até o posto de saúde do bairro Guanandi, acompanhada de Dirceu. Depois da consulta, a jovem escreveu o pedido de socorro no verso da receita médica e entregou em uma farmácia.

Policiais militares, chamados pela farmacêutica, foram até o estabelecimento e depois até o posto de saúde, onde encontraram o endereço de Dirceu.

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