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Polícia alerta comerciantes sobre o 'golpe da arara'
A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários de Mato Grosso do Sul (Dedfaz) faz alerta para o aumento de casos do golpe da arara. O bandido, de posse de documentos furtados e/ou falsificados, ou ainda fazendo uso de um laranja, abre uma empresa e conta em banco para poder usar talão de cheque. Ao pegar o talonário passa a fazer compras em grande escala, de diversas mercadorias, com pagamento pré-datado.
O fornecedor checa a conta, os serviços de proteção ao crédito e não encontra irregularidades porque a empresa é nova. Como não há negativação, de boa-fé acaba vendendo. Quando o primeiro cheque vai para a compensação até 60 dias após a compra é devolvido por falta de fundos. Na hora da cobrança, o vendedor procura pela empresa que já fechou e não deixou contato.
Os produtos são rapidamente revendidos, na maioria das vezes bem abaixo do preço de mercado. Com o dinheiro, os golpistas somem deixando enormes prejuízos. A delegacia tem casos registrados de tombos na praça superiores a um milhão de reais, em menos de um mês.
Para evitar ser vítima do golpe da arara a polícia orienta o vendedor a conferir atentamente os documentos com objetivo de comprovar a autenticidade; verificar se há cadastro nos serviços de proteção ao crédito e confirmar a existência dos números do RG, CPF, CNPJ e inscrições estaduais apresentados.
Outra dica do delegado Marcos Takeshita é pedir referências pessoais, comerciais e bancárias. Mesmo com a conta bancária sendo nova, checando as referências é possível ter mais segurança antes de fechar o negócio. E se mesmo depois disso, ainda estiver desconfiado, enrole um pouco, deixe para fechar a venda ou entregar o produto em dois dias, por exemplo. Nesse intervalo cheque melhor os dados e comunique a polícia, orientou o delegado.