O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, anunciou nesta segunda-feira (dia 11) que se reunirá hoje (dia 12) às 15h, com os líderes partidários para decidir quais medidas deverão ser tomadas para que as várias comissões parlamentares de inquérito (CPIs) tenham as condições necessárias para aprofundar as respectivas investigações. Nessa reunião também serão definidos os nomes que comporão a CPI do mensalão. Renan não descartou, inclusive, a hipótese de reunir todas as CPIs em apenas uma.


- O que for preciso fazer para dar eficiência à investigação, para agilizar os resultados que a sociedade cobra, nós vamos fazer. No início, eu disse que poderia haver alguma correlação entre os fatos a serem investigados. Talvez fosse o caso de nós aguardarmos com relação à possibilidade de criar mais uma ou duas CPIs, mas a oposição não aceitou. Não sei se, regimentalmente, a essa altura, dá para reunir todas as CPIs em apenas uma. Mas, o que a maioria quiser fazer para ajudar na investigação nós faremos, o Congresso fará, a sociedade quer isso - afirmou.

Em relação às recentes apreensões pela Polícia Federal de malas cheias de dinheiro, envolvendo políticos do PT e do PFL, Renan lamentou e disse que tomou conhecimento do assunto através da imprensa e prefere aguardar os resultados das investigações policiais antes de comentar e analisar encaminhamentos que sejam necessários no âmbito do Congresso Nacional. Para ele, o ocorrido ajuda a pressionar a reforma política.


- Não vejo correlação deste fato (as malas com dinheiro) com a atividade político-partidária, mas eu entendo que é fundamental que façamos a reforma política. E acho que essas denúncias ajudam para que façamos a reforma política, para dar verdade ao processo eleitoral, para dar transparência, para garantir a igualdade de oportunidade. A investigação tem que ser feita com absoluta isenção, para que haja separação do joio e do trigo e que aqueles maus parlamentares sejam punidos, se necessário punidos exemplarmente - explicou.