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Geral

Pnad: salários foram achatados nos últimos 10 anos

Fernanda Mathias - Campo Grande News - 15 de setembro de 2006 - 15:25

Embora o nível de ocupação em Mato Grosso do Sul tenha aumentado em 21% nos últimos 10 anos e o de educação também, a remuneração do trabalhador foi achatada, conforme mostra a nova PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2005 divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano passado a população ocupada na semana da pesquisa era de 1.096.553 pessoas contra 902.340 em 1995.

Por outro lado, 28% das pessoas recebiam de meio a um salário mínimo no ano passado (na época R$ 300,00) quando em 1995 eram 21% dos trabalhadores nesta faixa de rendimento. Também diminuiu o número de pessoas ocupadas com rendimentos mais elevados. O número de pessoas que recebia mais de 20 salários mínimos, ou seja, mais de R$ 6 mil, caiu pela metade na última década. Passou de 19.648 pessoas a 9.562.

O número de mulheres chefes de família teve aumento significativo desde 1995. Enquanto naquele ano eram 93.751 mulheres nesta condição, chefiando 17,5% dos lares, no ano passado eram 201.464, o que significa 27,8% das famílias sustentadas por mulheres. Das mulheres responsáveis por famílias em 2005 (201.464), somente 22.254 tinham cônjuges – 11%. Já para o responsável pela família do sexo masculino (523.599) ocorre o contrário, a maioria tem esposa para auxiliar nas responsabilidades pela família (453.856) – 86%.

Um dos fatores primordiais para seleção no mercado de trabalho, a Educação apresentou indicadores positivos, na contramão do nível salarial. Triplicou o nível de graduação, com 69.733 estudantes freqüentando curso de nível superior enquanto em 1995 eram 22.227. A maioria dos universitários – 60% deles – eram mulheres e 69% deles estão em instituições privadas.

No ano passado 91,2% dos habitantes com 7 anos eram alfabetizados, crescimento em relação a 1995, quando eram 87,5%.A taxa de escolarização de crianças de 7 a 14 anos é a 4ª maior do País.

Saneamento precário – Novamente Mato Grosso do Sul aparece com o menor percentual de esgotamento sanitário adequado do País: apenas 15,7% dos domicílios. De 680.016 domicílios, somente 71.901 têm rede coletora e 34.871 fossa séptica.

A urbanização continua crescendo no Estado. Na década anterior, 82,7% dos habitantes moravam em área urbana e no ano passado eram 84,8%, 6ª maior taxa de urbanização do País. O Estado também se destaca como o sétimo em moradores não naturais de Mato Grosso do Sul. Eles representam 30,2% da população do Estado, contra 33,6% em 1995.

O aumento da longevidade fez com que a população de idosos (de 60 anos ou mais) tivesse forte crescimento na última década, saltando de 117.579 a 202.084. A longevidade em Mato Grosso do Sul é de 72,9 anos. Já a redução do índice de fecundidade resultou em queda da população de crianças de 0 a 9 anos, de 424.916 a 397.686.

A PNAD também apontou o Estado como segundo em número de residências com telefones celulares (38,5%) e nono em número de microcomputador (15,5%). Em 10,8% dos domicílios eles estão ligados à internet.

Segundo os resultados da pesquisa o Estado tinha em 2005 população de 2.267.094 habitantes, com crescimento médio de 1,67% ao ano na última década.

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