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PITACOS DO MANOEL AFONSO: Sem o Deodato, a cidade fica mais triste

Manoel Afonso - 31 de outubro de 2012 - 09:20

Certa vez, para testar a sua ingenuidade perguntei ao Deodato sobre suas impressões de uma ‘famosa’ viagem que ele fizera a Santos. Ele respondeu de pronto: “É um aguão só; não vê do outro lado”.
Esse é apenas um, de tantos causos conhecidos e que envolvem a figura querida do Deodato Paulino Borges. Falar dele é ir direto as raízes históricas da cidade.
Eu sempre fiquei impressionado com o ‘movimento’ na casa dele. Incrível: a dona Maria e as filhas serviam café da hora o dia inteiro. Naquela época não havia grades ou portão e as pessoas iam entrando pelo alpendre em direção a área anexa a cozinha. Alí o Deodato ficava jogando conversa fora, proseando com amigos, parentes e gente que de todas as classes sociais. Aliás, ontem o Zé Anselmo lembrava que o seu sogro convidava as pessoas que passavam pela calçada para ‘entrar e tomar um café’ ou uma pinguinha.
Deodato, pela sua formação, seu doce estilo matuto em extinção, representou o melhor de uma geração de Cassilândia. Impossível não se lembrar de suas expressões, de sua imagem na camionete do Donato rumo a fazenda ou de seus bate papos ali no armazém do Joaquim Silva.
Ontem ele morreu aqui na capital. Gente da família e de Cassilândia ali naquele momento doloroso. Mas ele será sepultado na sua doce terra, no pé da serra que ele conhece desde criança. Vai embora, ficam suas imagens em nossa memória. Como diz o caipira: ‘inté’.

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