Faz um tempinho que não saboreio o seu café amigo. Mas não tenho dúvidas de que ele continua como antes: sorriso aberto, papo descontraído e antenado com o mundo dos negócios da região. De vez em quando pergunto por ele ao seu sobrinho Wesley, que mora aqui na capital .

Meu amigo desde 1974, numa relação pessoal e profissional. Em todas as fazendas que formei e montei o ‘dedo’ do Odauto esteve presente: nas porteiras, mata burros e nos mais diferentes tipo de madeiramento de casas, curral, paiol, cercas, sementes de pastagens e serviço de gradeação com trator. . Além do mais, sua experiência sempre foi de grande valia como conselheiro nos desafios da vida rural.

Odauto veio de Estrela D’Oeste com irmãos e a mãe viúva. Seu pai fora barbaramente assassinado num episódio que comoveu a região. Imaginem que o velho dera carona para um cidadão que era desafeto de outro seu acompanhante numa perua Kombi. Após matar o inimigo, o assassinado disparou também várias vezes contra o pai de Odauto – sob a alegação de que não queria testemunha. Mas seu pai sobreviveu apenas a tempo de – no hospital - depor à polícia contando todo o ocorrido.

Mas isso são águas passadas. Odauto é boa índole, cidadão que respeita o código da moral, tem sua família, os filhos encaminhados na vida e uma legião de amigos por toda Cassilândia e região.

Portanto, no arremate do texto, quero até me desculpar com o velho amigo Odauto pela demora desta iniciativa, porque verdadeiramente ele merece figurar na minha galeria de pessoas queridas e que contribuem para o progresso de Cassilândia.

Você Odauto, é realmente um lutador, um forte!