Ontem deparei com um cidadão na capital que lembrava fisicamente o ‘Argemiro da Garagem’ ou o ‘Argemiro Careca’. Imediatamente vieram algumas lembranças e episódios. Como esquecê-lo? Óculos escuros, chapéu branco, sandálias e seu estilo falante que se destacava em qualquer roda de conversa?
Impressionante a criatividade do Argemiro na abordagem ou comentário de casos do dia a dia da cidade. Brincalhão, querido por todos, ele tinha bom trânsito em todos os segmentos da cidade. Quando o Banco Real era ainda na esquina da praça, o Argemiro era presença constante: contando casos na fila ou questionando o Paulinho gerente ou o Pio sobre acontecimentos ou pessoas diversas.
Também no café do João Maria – na rua Sebastião Leal, o Argemiro sempre assinava o ponto com provocações sadias ao saudoso Durval Cândido. Outro local onde era facilmente encontrado era na lanchonete JR. Como se diz, ele sabia de tudo, e quando não sabia fazia suposições que arrancavam risos.
Naquela época em que a indústria nacional era tímida, o Argemiro era procurado pelos fazendeiros que queriam comprar a C-10. O Argemiro dava um jeito, localizava uma e em poucos dias entregava a encomenda. Quem gostava muito dele era o dr. Antonio Teixeira de Lima. Quem não presenciou aqueles papos sensacionais entre eles? Aliás, um papo com o Argemiro era uma verdadeira terapia. Só risos!
Acho que foi no ano passado que encontrei com o Argemiro em Cassilândia. Pelas circunstâncias nosso papo foi rápido. Estava morando em Jataí e dedicava-se ao ramo de sorveteria. O registro tem o condão de registrar a figura de mais um amigo que passou pela cidade e deixou sua marca e um grupo numeroso grupo de amigos.
Quem encontrar o Argemiro, seja o portador de meu abraço. Até...