Eleição de antigamente era assim: UDN contra o PSD. Depois da intensa campanha vinha o resultado das urnas; depois, a fase mais difícil para os perdedores. Uns iam pescar, inventavam viagens ou algo parecido até o clima amenizar. Como em todos os lugares, com o tempo as pessoas iam esquecendo as desavenças eleitorais e todos continuavam tocando a vida.

Ouvi relatos saborosos de \'causos políticos\'. Claro que nem sempre espelhavam a realidade devido aos excessos e a imaginação dos \'contadores\'; mas gostei mesmo foi daquele episódio folclórico envolvendo a dona Ermelinda e o Jacó Preto (pai do Adalmir (ele ainda está na capital?) que trabalhou no Cassilândia Jornal e depois no Banco do Brasil). Dizem....que após uma eleição em que o candidato do PSD saiu vitorioso, dona Ermelinda incumbiu o Jacó de uma missão interessante, mas implacável: todas as tardes - pontualmente às 18,00 horas - o Jacó - soltava um rojão (daquele de vara) que fazia tremer a cidade. O objetivo era para que o pessoal da UDN não esquecesse das eleições e naturalmente do resultado adverso. Segundo contavam; os udenistas - no horário habitual - já ficavam (aflitos) esperando o epocar do rojão após aquele barulho característico da subida da vara levando a bomba. Os pessedistas \'maldosos\' contavam que quando começava a escurecer, dona Ermelinda alertava o fiel escudeiro: \"Jacó! Vai cumprir com sua obrigação!\" O dr. Adaias (sempre ele!) naquelas memoráveis conversas para empurrar o relógio nos plantões do hospital, contava o caso ao seu estílo e versão humorada, arrancando boas risadas. Fica o registro. Outro dia conto mais. Até