Vindo de Itajá no último sábado passei por Cassilândia e aproveitei para reabastecer meu estoque de farinhas e polvilho. Primeiro passei alí na Vila Imperatriz e o pessoal dos \'Quité\' não tinha. Daí fui lá perto do \'pé da serra\', onde mora a dona Railva (também do\'Quité\') e só consegui o povilho doce, farinha de milho e mandióca. Na conversa ele disse-me que a produção de farinha vinha encontrando dificuldades, não só pelo \'custo-benefício\', como também pela dificuldade de se comprar lenha. No papo fiquei sabendo que a dona Zefa - que mora alí na Vila Izanópolis, com a saúde abalada estava numa cadeira de rodas e que seu pessoal não cultivou a tradição de \'farinheira\'. Não é a primeira vez que ouço referências a diminuição de pessoas - da velha guarda - que ainda se dedicam a fabricação artesanal destes produtos.
Tudo bem que é possível encontrar produtos similares aqui Mercadão da capital, mas não podem ser comparados com aqueles de Cassilândia. Esses sim contém sabor especial, talvez da água boa, da paisagem e do carinho com que são produzidos. Fica o apêlo: cuidem bem das nossas farinheiras.
Fica o registro. Até a próxima.