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Pior estiagem dos últimos 50 anos e incêndios destroem natureza e animais

Área de preservação localizada no Pantanal de MS tem vegetação devastada e animais mortos

Midiamax - 31 de agosto de 2020 - 17:00

Foto: Ilustração
Foto: Ilustração

Uma série de situações atípicas estão ameaçando a preservação da APA Baía Negra (Área de Preservação Ambiental) , localizada entre o Rio Paraguai e as baías: do Arrozal e Negra, no Pantanal de Ladário, a 426 quilômetros de Campo Grande.

Essa é a análise do presidente do conselho gestor da APA e secretário municipal de meio ambiente do município, Luiz Eduardo da Costa Urt. “Estamos passando por uma situação atípica. É a pior estiagem dos últimos 50 anos. A situação foi se deteriorando com a forte estiagem , que nos últimos 3 anos vem sendo pior. Esse ano a situação chegou no ápice. Tem também a situação das queimadas, que são antigas no Pantanal”, explicou.

A situação é preocupante: cerca de 40% da área de preservação foi destruída pelos incêndios. Além disso, a seca castiga o solo – que está seco e rachado – e a preservação de espécies. “As baías do Arrozal e Negra são interligadas. Tem uma canalização que secou, assim, a água não entra para fazer a renovação. Com a falta de chuva e queimadas, o solo seca”, relatou Urt.

Isso aconteceu porque o solo da APA é arenoso e barrento. Assim, espécies de animais também acabam prejudicadas pela seca. “Tem espécie que se reproduz e deposita os ovos na areia como, por exemplo, o quero-quero e os jacarés”, pontuou o secretário.

Além das condições climáticas desfavoráveis, a preservação da APA Baía Negra conta com a colaboração de turistas. No dia 25 de junho, a reportagem do Jornal Midiamax publicou a situação que a areia da prainha ficou após turistas entrarem com carros no local.

As autoridades permitem que os visitantes contemplem as belezas do local, mas pedem que os veículos fiquem estacionados do lado de fora e que turistas entrem a pé.

“Queremos alertar também que não é hora de aglomerar. Temos comunidades de povos tradicionais que moram lá e precisamos cuidar deles”, enfatizou.

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