Sob a presidência da juíza Zilmene Gomide da Silva Manzolli, o 2º Tribunal do Júri de Goiânia, por unanimidade de votos, absolveu o auxiliar de pintura Eduardo Paulo Guimarães, de 27 anos, da acusação de matar o estudante Marco Faria Correa Lima, com então 14 anos, e também de tentar matar Fernando de Paula Carneiro e Rodrigo Nonato de Jesus. Durante o julgamento, realizado na quinta-feira (16), o Ministério Público estadual retificou sua tese e postulou a absolvição de Eduardo, por entender que ele agiu em legítima defesa própria e de terceiro. A defesa, por sua vez, acompanhou os argumentos ministeriais.

Fatos

Segundo a denúncia, os crimes ocorreram por volta das 22h30 de 16 de agosto de 1998, em frente a um bar, localizado na Avenida Leopoldo de Bulhões, no Conjunto Vera Cruz I, em Goiânia. Conforme aos autos, o réu e as vítimas participavam de um evento de rock quando o amigo de Eduardo, André Luiz da Silva jogou um copo de cerveja em Nívea Neuma da Silva - amiga das vítimas. Tal fato fez com que Elizandro Luiz de Morais, outro amigo das vítimas, saísse em defesa de Nívia, dando início a uma briga com André Luiz. Ao verem o tumulto, as vítimas começaram a bater em André, ocasião em que Eduardo, por ser seu amigo, "partiu para cima" de Marco, Fernando e Rodrigo, desferindo neles golpes de faca.

Interrogado pela juíza, Eduardo confessou a autoria do homicídio, contudo negou que tivesse tentado matar Fernando e Rodrigo. O auxiliar contou ainda que depois do fato passou a ser perseguido por Elizandro, o que o tentou matar com 12 tiros. De acordo o Eduardo, em razão disso ele e a família tiveram de mudar de casa, e que a perseguiçãocontinua até hoje. (Sheila Cavalcante)