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Pílula do dia seguinte é utilizada sem orientação médica

Agência Notisa - 06 de novembro de 2008 - 05:01

Um estudo de pesquisadores da área de enfermagem do estado de São Paulo mostra que universitárias recorrem ao método de anticoncepção de emergência (pílula do dia seguinte) bem mais do que, em tese, seria esperado para jovens com nível superior de instrução. Entretanto, em sua pesquisa, Ana Luiza Vilela Borges e colegas da Escola de Enfermagem da USP e da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente do Governo do Estado de São Paulo identificaram que “quase metade das entrevistadas com vida sexual já havia utilizado a anticoncepção de emergência (44,9%)”, em que pese o Ministério da saúde ter indicado o método “somente em casos de emergência e não como método anticoncepcional de uso rotineiro”.



Os dados do estudo, que estão publicados na edição de julho/setembro de 2008 da revista Texto e Contexto, resultam de coletas realizadas com 300 estudantes matriculadas no curso de enfermagem de uma faculdade do município de São Paulo. A intenção era identificar quais métodos contraceptivos eram utilizados e de que forma, com foco principal no uso da pílula do dia seguinte, a qual se tem acesso, por exemplo, na Espanha, de acordo com os autores, exclusivamente através de serviços de ginecologia.



Os autores esclarecem que suas entrevistadas que usaram a anticoncepção de emergência adquiriram a pílula do dia seguinte em farmácias e por iniciativa própria, sem orientação de um profissional de saúde. Além disso, o que, segundo os enfermeiros, as levou a buscar o método de urgência foram falhas no método que estavam utilizando, como ruptura de preservativos ou esquecimento de tomar contraceptivos orais, “além da insegurança em relação à eficácia do anticonceptivo utilizado”. Por fim, escrevem, “verificou-se que o uso da anticoncepção de emergência foi associado a ter tido dois ou mais parceiros sexuais, a conhecer alguém que já tinha utilizado-a e a já ter deixado de usar o preservativo masculino em alguma relação sexual”.



Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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