A Executiva do PFL decidiu há pouco cancelar a filiação do deputado João Batista (SP). Em nota oficial, o partido explicou que, apesar de a Igreja Universal ter assumido a responsabilidade pelo transporte e propriedade do dinheiro apreendido pela Polícia Federal, o parlamentar contrariou "princípios básicos inerentes à atividade parlamentar e partidária".
Na nota, a Executiva ainda lembra que o parlamentar sempre cumpriu as orientações de bancada e afirmou, em seu depoimento na Polícia Federal, que fazia o transporte do dinheiro como bispo da igreja. Apesar disso, de acordo com os dirigentes do PFL, ele desobedeceu a princípios do estatuto do partido.
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), explicou que o deputado ainda pode recorrer da decisão da Executiva, mas um eventual recurso não terá efeito suspensivo. Ele também afirmou que o cancelamento da filiação do deputado João Batista não representa prejulgamento sobre os atos investigados pela PF. Bornhausen acredita, no entanto, que o transporte do dinheiro deveria ser feito por uma empresa de segurança e não pelo deputado.


Reportagem - Silvia Mugnatto
Edição - Paulo Cesar Santos