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PF prende quadrilha que vendia facilidades para o INSS

Paulo Montoia/ABr - 10 de novembro de 2005 - 13:55

A Polícia Federal em São Paulo realiza hoje (10) a operação Titan, destinada a desmontar quadrilha que vendia facilidades para obtenção de serviços na Previdência Social. Segundo comunicado enviado à imprensa, participam da operação 70 policiais federais, que cumprem 14 mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão em cidades da Grande São Paulo, em Itu e Itapecerica da Serra.

Segundo o comunicado da Superintendência da Polícia Federal, a operação resulta de quatro meses de investigações realizadas por uma força-tarefa formada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério Público Federal e pela própria Polícia Federal. "A investigação contou com a colaboração de empresários, que denunciaram a prática "extorsiva" aos órgãos competentes", diz o informe. De acordo com a nota da PF, o trabalho da quadrilha era elaborado e os criminosos atuavam nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A PF revelou que os criminosos fingiam ser servidores públicos e ofereciam aos empresários formas de facilitar a obtenção de serviços no INSS e concessões ilegais, "sempre em troca de contribuições financeiras variadas". Os pagamentos, com valores de R$ 10 mil ou mais, eram feitos em cheque ou em dinheiro, às vezes até em prestações. Os empresários recebiam recibos "de editoras tributárias" ou de "assessorias tributárias".

A quadrilha prometia evitar a fiscalização ou paralisar ações do INSS ou da Receita Federal e ameaçava inclusive quebrar os sigilos bancário e fiscal da empresa e de seus proprietários. "Quando o órgão era a Polícia Federal, as facilidades oferecidas iam desde a emissão facilitada de passaportes até a negligência na apuração de crimes", diz a nota.

Segundo a PF, para vencer a resistência oferecida por alguns empresários em contribuir com o esquema, os criminosos chegavam a ameaçá-los com a realização de "vistorias" nas empresas e com o envio de viaturas ostensivas da Polícia Federal. "Os criminosos chegavam a enviar para os empresários documentos com selos e símbolos timbrados dos entes públicos envolvidos", revela a PF.

A Superintendência da Polícia Federal pediu a empresários e empresas que sofreram chantagem do grupo que denunciem os fatos às autoridades, de modo a permitir o avanço nas investigações e as prisões.

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