Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 25 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

PF prende no Rio oito acusados de fraudar Previdência

Thatiana Amaral /ABr - 21 de fevereiro de 2008 - 22:26

Rio de Janeiro - Oito pessoas foram presas em uma operação, deflagrada na madrugada de hoje (21), pela Polícia Federal do Rio para desarticular uma quadrilha de fraudadores da Previdência Social. A estimativa é de que a quadrilha tenha dado um prejuízo de R$ 6 milhões aos cofres públicos.

Segundo a polícia, a quadrilha era composta por quatro advogados e dois agenciadores que atuavam em todo o interior do estado. Dois desses advogados são filhos de um juiz de Niterói. A fraude consistia em aliciar pessoas que se faziam passar por trabalhadores rurais. Por meio da documentação dessas pessoas, a quadrilha conseguia obter benefícios na Justiça pelo suposto trabalho no campo.

A quadrilha atraía novas pessoas por meio de cartazes e carros de som que anunciavam uma ação social do governo federal, e depois as instruíam a prestar declarações falsas para conseguir judicialmente o benefício.

Segundo o superintendente da Polícia Federal no Rio, Valdinho Jacinto Caetano, o lucro da quadrilha era resultante do recebimento dos pagamentos atrasados dos supostos trabalhadores ou de parte do valor ganho nas ações. “Eles pleiteavam os atrasados. Estes atrasados remontavam a 2 ou 3 anos. E tudo isso era conseguido para estes advogados. Não raro havia também entre eles um contrato tácito no qual os advogados ficavam com 10 ou 15 prestações”, disse.


De acordo com ele, as investigações apontam ainda que a quadrilha entrou com pelo menos 1,2 mil ações. Ainda não há previsão de quantas pessoas teriam sido aliciadas. Já foram expedidos e cumpridos oito mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão. Outras detenções podem ocorrer após a análise da documentação apreendida.

Os suspeitos estão sendo acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documentos falsos e falso testemunho. As penas podem chegar a 23 anos e oito meses de prisão. A operação ganhou o nome de Kabuf, uma das expressões usadas nas conversas monitoradas entre os suspeitos, e contou com a participação de 50 policiais federais.


SIGA-NOS NO Google News