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PF indicia dono da Guaranhuns por lavagem de dinheiro

Alessandra Bastos - Agência Brasil - 10 de agosto de 2005 - 07:09

A Polícia Federal indiciou ontém José Carlos Batista, sócio da empresa Guaranhus, por lavagem de dinheiro, crime contra sistema financeiro e sonegação fiscal. Em seu depoimento, ele se negou a responder a qualquer pergunta, alegando que só falaria em juízo.

De acordo com a lista entregue pelo empresário Marcos Valério à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, a empresa Guaranhus teria recebido R$ 6 milhões. Segundo o delegado Luiz Flávio Zampronha, responsável pelas investigações, há indícios de que a Guaranhus tenha enviado dinheiro para o exterior.

Em depoimento à CPMI dos Correios, a funcionária da SMP&B, Simone Vasconcelos, havia afirmado que todo o dinheiro entregue à Guaranhus era, posteriormente, repassado ao presidente nacional do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto.

Este é o terceiro indiciamento determinado no inquérito que investiga o suposto pagamento de mesadas a parlamentares, o chamado "mensalão". Na sexta-feira (5), Rodrigo Barroso Fernandes, que foi tesoureiro na campanha do prefeito Fernando Pimentel (PT) em Belo Horizonte, e José Luiz Alves, ex-assessor do ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto, foram indiciados por crime de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Eles também se negaram a falar durante depoimento à PF.

O ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, também prestou depoimento hoje à Polícia Federal. Ele negou ter qualquer relação com a empresa Guaranhus, desmentindo o depoimento de Marcos Valério na CPMI. Agora, a polícia quer fazer uma acareação entre os dois. Amanhã, deve prestar depoimento à PF, o irmão do ex-tesoureiro, Antonio Lamas.

De acordo com a lista entregue por Marcos Valério, Jacinto, Antonio e a empresa Guaranhus teriam recebido, ao todo, R$ 10,8 milhões. Esse dinheiro teria sido repassado por eles ao ex-deputado Valdemar Costa Neto, que também será intimado a prestar depoimento na Polícia Federal. Na semana passada, também em depoimento à PF, Jacinto Lamas confirmou que fazia os saques a pedido do presidente nacional do PL, que no dia 1º renunciou ao mandato de deputado federal.

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