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PF faz operação em empresas que fraudavam espécies de peixe para comercialização

Mariana Branco, Agência Brasil - 10 de abril de 2014 - 17:15

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (10) em Itajaí (SC) a Operação Poseidon para combater fraudes na venda de pescados. Policiais e fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estão cumprindo mandados de busca e apreensão em sete empresas nas quais foi detectada a substituição de peixes nobres por espécies mais baratas ou cuja captura é proibida no Brasil.


As empresas investigadas trocavam espécies nobres por outras mais baratas, garantindo lucro até 300 vezes maiorAgência Brasil


A suspeita de fraude começou em fiscalizações de rotina do Ministério da Agricultura. “Verificamos a suspeita de troca de espécies”, relata Sidney Liberati, chefe da Divisão de Inspeção de Pescado da pasta. Segundo ele, fiscais agropecuários alertaram a Polícia Federal e o Ministério Público de Santa Catarina.

A partir desse ponto, começou um trabalho para comprovação da fraude. Amostras foram coletadas e encaminhadas ao laboratório pericial da PF em Brasília, apto a fazer análise de DNA de espécies. A identificação das trocas também foi feita por análise macroscópica, com treinamento dos fiscais para detectar visualmente as diferenças entre as espécies.

O fiscal explica que, entre as substituições constatadas, estava, por exemplo, a do linguado pelo alabote, peixe cuja carne tem valor 300 vezes menor. Outras trocas comuns que foram identificada estão a da merluza pela polaca do Alasca; e da garoupa pelo mero. “A captura do mero é proibida no Brasil”, informa.

Liberati explica que, após analisadas todas as provas, as empresas podem ser punidas com penalidades que vão de multa à perda de registro no ministério para funcionamento.

Nesta quinta-feira, as sedes das empresas foram fechadas para análise de todo o estoque e levantamento da documentação de rastreabilidade dos produtos. Novas amostras de pescado devem ser encaminhadas para perícia. Segundo a Delegacia de Polícia Federal de Itajaí, a suspensão da atividade vale apenas para o dia de hoje. Ainda de acordo com a PF, após a análise do material, o próximo passo é o indiciamento dos responsáveis.

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