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PF descobre quadrilha especializada em crimes pela net

Lupi Martins/ABr - 01 de dezembro de 2005 - 13:02

A Polícia Federal desencadeou na manhã de hoje (1º) a Operação Ponto Com, com o objetivo de desarticular organização especializada em crimes pela internet. Mais de 280 policiais federais nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná foram mobilizados para cumprir 45 mandados de prisão, 63 mandados de busca e um mandado de apreensão de menor.

De acordo com o delegado Gabriel Madruga, da Delegacia de Repreensão a Crimes Fazedáios, a Polícia Federal, em Porto Alegre e região metropolitana foram já pessoas 17 pessoas. As outras prisões foram feitas em Santa Catarina e Paraná, com envolvidos procurados também em São Paulo e Salvador. A quebra do sigilo bancário, autorizada pela Justiça, revela um prejuízo estimado em R$ 1 milhão por mês para o sistema financeiro nacional. Segundo as investigações, a quadrilha já vinha atuando há pelo menos um ano.

O líder da organização criminosa, um homem de 43 anos, atuava em Novo Hamburgo, a 45 quilômetros da capital, também foi preso. O delegado disse que as investigações, iniciadas há cinco meses, revelaram que o esquema criminoso se baseava no envio de mensagens eletrônicas que direcionam internautas desavisados a programas espiões que capturam senhas bancárias. De posse das senhas, os criminosos acessavam as contas das vítimas e transferiam o dinheiro para contas de "laranjas".

Outro destino do dinheiro furtado eletronicamente era o pagamento de títulos e contas, como de telefone, luz e água, além de multas de trânsito. Os criminosos ainda negociavam com hackers (piratas da eletrônica) as listas de endereços eletrônicos para os quais eram encaminhados os programas espiões (também conhecidos como key loggers) e as mensagens de spam. Os boletos bancários para pagamento e as contas de "laranjas" para a realização das transferências, por sua vez, eram angariados por outros membros da quadrilha, que muitas vezes também se encarregavam de ir até o banco sacar o dinheiro e repassá-lo ao hacker.

Os envolvidos deverão ser indiciados pela prática dos crimes de furto qualificado, receptação, formação de quadrilha e de interceptação de informática não autorizada. As penas somadas variam de cinco a 15 anos de reclusão e multa.

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