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PF apreende carro suspeito de uso em assalto ao BC

Olga Bardawil - Agência Brasil - 13 de agosto de 2005 - 08:27

Uma casa de um bairro de classe média pode ter sido usada pela quadrilha que roubou mais de R$ 164 milhões do Banco Central na capital. A casa pertence a Charles Machado de Moraes, preso na noite de quarta-feira (10) em Sete Lagoas (MG), num caminhão-cegonha que transportava 11 veículos, três dos quais estavam recheados com dinheiro do roubo.

Ontem, agentes da Polícia Federal vistoriaram a casa e levaram uma caminhonete Eco Sport que estava na garagem. Mas o delegado Eliomar Lima Júnior negou que houvesse provas de que a casa foi usada pela quadrilha para esconder o dinheiro nos carros, embora vizinhos garantam ter visto, no sábado passado, um movimento estranho de carros e barulho de marteladas.

O delegado confirmou, porém, que um outro veículo, dos 11 comprados pela quadrilha na revendedora Brilhe Car, de Fortaleza, foi encontrado numa rua da Vila Alpina, zona Leste de São Paulo. Segundo ele, o carro estava abandonado, sem as placas, o que chamou a atenção de moradores do local. O veiculo, uma Pajero Mitsubishi, foi levado pelos peritos para vistoria.

Detidos na manhã de ontem, após prestarem depoimento, os irmãos Dermival Fernandes Vieira e José Elizomarte Fernandes Vieira, o "Neném", donos da revendedora Brilhe Car, vão continuar na carceragem da Polícia Federal porque, segundo o delegado, os indícios contra eles são grandes e precisam ser investigados. "Os carros foram vendidos por R$ 900 mil, pagos com dinheiro furtado do Banco Central. Tanto que eles admitiram ter vendido os veículos para o Charles da Transportadora. E já devolveram quase todo o dinheiro recebido pela venda", explicou Lima Júnior.

Lima Junior afirmou que diversas pistas estão sendo investigadas, inclusive a compra no sábado (6) de dez passagens aéreas com destino a São Paulo, pagas com notas de R$ 50. Sobre uma possível participação de alguém de dentro do Banco Central no assalto, o delegado disse que "a Polícia Federal trabalha com hipóteses e a investigação está sendo feita em torno de todas as hipóteses".

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