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PF amplia investigação sobre leite adulterado

Paula Laboissière /Agência Brasil - 24 de outubro de 2007 - 17:48

Brasília - A Polícia Federal (PF) investiga a possibilidade de adulteração de leite em outras localidades do país, a exemplo do que foi constatado em cooperativas de Minas Gerais. “Realmente a gente tem essa desconfiança, de que isso esteja acontecendo em outros locais no Brasil”, afirmou o delegado Davidson José Chagas, da PF em Uberaba.

Segundo o delegado, para confirmar as suspeitas, a PF pediu que amostras do produto fossem recolhidas em todo o país. Ele informou que o material será submetido à análise do Instituto Nacional de Criminalística, "para que nós tenhamos, a partir disso, um mapeamento nacional da situação".

Chagas informou que foi realizada perícia em três marcas distintas de leite, uma fabricada em São Paulo, outra em Goiás e a terceira em Minas Gerais. A Polícia Federal encontrou irregularidades em todos os casos. O Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) concluiu, com base nas análises, que o leite estava impróprio para o consumo humano.

De acordo com o delegado, a PF é responsável pela análise e pela documentação dos lotes apreendidos. “Estamos aguardando o resultado da perícia que está sendo feita nos produtos que foram encontrados para, a partir daí, traçar uma linha de ação.”

Chagas disse que a Operação Ouro Branco teve como base denúncias sobre a produção de leite adulterado nas cooperativas mineiras. A operação foi realizada na última segunda-feira (22). “Nós conseguimos comprovar isso por meio de declarações, de uma pessoa que trabalhou lá. E da documentação que veio do Ministério Público Estadual, que já estava apurando os fatos”.

No total, foram expedidos 27 mandados de prisão e 29, de busca e apreensão. Dos 27 presos, seis permanecem detidos no município mineiro de Uberaba e seis, em Passos. Em Uberaba, foram liberadas 13 pessoas.

Segundo Chagas, as acusações contra os suspeitos de participar do esquema vão desde adulteração do produto até formação de quadrilha. “E para os fiscais [presos] têm também a acusação de corrupção passiva”. A pena pode chegar a oito anos de prisão.


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