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Pesquisadora brasileira será premiada pela Unesco

keite Camacho / ABr - 09 de março de 2004 - 14:34

O Brasil será reconhecido como um dos países do mundo que mais contribui para o estudo e a prevenção da doença de Chagas. A pesquisadora brasileira Lúcia Mendonça Previato receberá o prêmio Unesco/L’Oreal “Mulheres e a Ciência” por seus trabalhos sobre o tratamento e a prevenção à doença. Foram 20 anos de pesquisa para o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A brasileira foi escolhida entre 180 cientistas de todo o mundo. O prêmio em dinheiro é de US$ 100 mil.

“Este prêmio tem um valor que é representativo e revela o reconhecimento por um trabalho voltado para a vida. Não imaginava que fosse ganhar. Temos várias representantes brasileiras. Fiquei surpresa e também muito contente pelo Brasil e pela UFRJ, neste momento em que tentamos mais verba para a ciência e a biotecnologia”, diz Lúcia. A pesquisadora está em Paris e retornará ao Brasil no sábado.

Lúcia tem visita marcada no Laboratório da Academia Francesa de Ciências e receberá oficialmente o prêmio nesta quinta-feira, no auditório da Unesco em Paris. "O que preocupa é o número de bolsas de incentivo à ciência e o valor delas no Brasil, que é muito baixo. Precisamos que o governo atente para a questão. Um país sem pesquisa não tem desenvolvimento. E com verba constante e regular isso é possível”, cobra a pesquisadora.

Premiação

Lúcia foi a segunda brasileira a receber o prêmio. Além dela, a Unesco premiou outros quatro cientistas, um de cada continente: uma sul-africana, uma chinesa, uma francesa e uma americana. Um júri internacional de 15 membros da comunidade científica, liderados por Christian de Duve, prêmio Nobel de medicina, foi o responsável pela seleção.

Paralelamente, 15 jovens cientistas foram beneficiadas, recebendo US$ 20 mil cada para financiar seus projetos de pesquisa a serem desenvolvidos nos doutorados e pós-doutorados de universidades ao redor do mundo. Foram escolhidas três de cada continente, sendo que da América Latina e Caribe foram selecionadas uma argentina, uma mexicana e uma venezuelana.

O prêmio, que é uma parceria da Unesco com a empresa de cosméticos L'Oréal, está em sua sexta edição e já reconheceu mulheres de 45 países pela excelência dos seus estudos.

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