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Pesquisador contesta segurança de transgênicos

Agência Câmara - 31 de outubro de 2003 - 07:34

O pesquisador norte-americano Jeffrey M. Smith garantiu ontem, em audiência pública da Frente Parlamentar Mista de Biossegurança, que os alimentos geneticamente modificados não são seguros. "Eles podem levar a dezenas de efeitos colaterais imprevisíveis. Muitas das premissas usadas pelas empresas de biotecnologia como base para suas alegações de segurança têm se provado incorretas ou ainda não foram testadas", afirma.
As informações estão no livro do pesquisador "Seeds of Deception", publicado no mês passado e que será traduzido para o português e lançado em breve no Brasil.

TESTES
Smith lembrou que há um grande perigo no fato de ter havido poucos testes nos alimentos geneticamente modificados. "A situação típica é que a indústria adultere seus testes de segurança para se evitar encontrar problemas", acusou. Segundo ele, os estudos independentes que foram mais a fundo mostram sérios danos a animais de laboratório.
O pesquisador disse que aproximadamente 100 pessoas morreram e 5 a 10 mil ficaram seriamente doentes ao consumirem um suplemento alimentar que continha o aminoácido essencial L-triptófano modificado geneticamente. Smith acrescenta que a marca tinha contaminantes minúsculos, mas, mortais que seriam, no entanto, facilmente aprovados, com base na legislação atual. "Se a doença criada por ele não tivesse características como surgimento rápido, crise aguda e efeitos raros, o suplemento talvez nunca tivesse sido detectado como a causa", afirma. Ele disse ainda que a indústria e o governo encobriram os fatos e desviaram a culpa.

CRISE DE INFORMAÇÃO
Segundo Jeffrey Smith, existe uma crise na informação sobre os alimentos geneticamente modificados. "A maioria da população não está consciente do que consome. Existe uma pressão na mídia e na política dos governos", disse ele.
De acordo com o pesquisador, as empresas de biotecnologia investem 50 milhões de dólares por ano para convencer a população sobre as vantagens dos alimentos geneticamente modificados. Ele disse também que a grande imprensa americana não faz cobertura sobre o assunto.

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