Geral
Pesquisa revela maior número com idade superior a 60
O número de crianças, jovens e adolescentes na faixa etária de zero a 24 anos representava, em 2002, cerca de 47% do total da população brasileira, o equivalente a 81,3 milhões de pessoas. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/2002), em que se baseia a Síntese dos Indicadores Sociais divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse percentual vem caindo ao longo dos anos. Em 1992, esse grupo representava mais da metade do total de habitantes do país com 52,8%.
O estudo demonstrou ainda que ao mesmo tempo ocorreu crescimento na proporção das pessoas com mais de 60 anos, resultado da queda de natalidade e do prolongamento da expectativa média de vida.
Até 20 anos atrás, a constituição das famílias seguia um padrão composto por muitos filhos. Esse modelo ainda é muito presente nas regiões Norte e Nordeste do país, onde as taxas de fecundidade são mais altas do país, apesar de terem sofrido queda acentuada no intervalo de dez anos. O estado do Maranhão caiu de 86,6% para 57%, Piauí de 75,1% para 48,5% e o Tocantins de 78,4% para 55%.
Crianças
Outros aspectos abordados pela pesquisa foram as condições de vida das crianças em relação à escolaridade e à situação socioeconômica de suas famílias. A pesquisa revelou que, em 2002, cerca de 27,2 milhões de famílias contavam com uma criança de menos de 14 anos em casa, o que significa quase 53% no total de famílias brasileiras.
E que o fator econômico tem influência direta sobre a presença, ou não, de crianças nas famílias. Em 2002, das famílias brasileiras que tinham pelo menos uma criança com menos de 14 anos, cerca de 36% possuíam renda per capita de até meio salário mínimo. A região que apresentou o pior quadro foi a Nordeste, com percentual de 59,6% das famílias com renda inferior a meio salário mínimo.