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Pesquisa revela bom momento dos pequenos negócios no MS

Sebrae - 21 de fevereiro de 2012 - 15:38

Na última década, as micro e pequenas empresas aumentaram em 1,9 milhão em todo o País. Na metade deste período, cinco anos, Mato Grosso do Sul registrou crescimento de 163% destes empreendimentos, passando de 26.573 para 69.945.



As informações foram apontadas por uma recente pesquisa divulgada pelo Sebrae/MS, que entrevistou 210 empresários de micro e pequenas empresas em seis municípios. No mês de janeiro, os empreendedores de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Corumbá, Coxim e Três Lagoas responderam a questões relativas ao desempenho 2011 e expectativas para este ano em relação a faturamento, preços, empregos, salários e investimentos.



Salários - O relatório aponta que os salários acompanharam este ritmo de crescimento e também aumentaram. Mato Grosso do Sul, neste aspecto, revela porcentagem acima da média nacional, sendo que nos últimos dez anos, o pagamento dos funcionários destas empresas cresceu 32,6% no Estado, contra 14,4% apontada no país para o mesmo período.



Ainda sobre os salários, o relatório revela que, se comparadas aos empreendimentos de grande porte, as micro e pequenas empresas registraram aumento significativo no pagamento dos funcionários. No país, contabilizada a última década, grandes corporações tiveram acréscimo no pagamento de 4,4%, ou seja, 10% a menos do que micro e pequenas empresas, com 14,4%.

Segundo o diretor superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, assim como a lei da oferta e procura regula os preços de mercado; o exemplo também se encaixa no caso da mão de obra. “Com o aquecimento do mercado, a mão de obra tende a ser um produto muito procurado, o que faz com que os salários aumentem. Além disso, a exigência de especialização por parte das indústrias também força o salário a subir”, declara.



Faturamento – Além dos salários, 70% dos proprietários entrevistados também esperam um maior faturamento para 2012. O empresário Alex Furtado é um exemplo disso. Segundo ele, a empresa faturou 30% a mais no ano passado, se comparado à 2010. “As perspectivas para este ano são positivas. Acredito que a empresa fature 40% a mais do que em 2011”. O otimismo, segundo ele vêm do amadurecimento do micro e pequeno empreendedor. “As grandes empresas estão engessadas e as micro e pequenas empresas têm crescido cada vez mais, apostando em novos métodos de trabalho”, declara.





Já a proprietária de um restaurante na capital, Ramona Duarte acredita que um maior investimento este ano vai gerar mais lucro para a empresa. Há alguns meses ela parou de pagar aluguel e mudou-se para uma sede própria. A expectativa é que o dinheiro utilizado para alugar o espaço antigo seja destinado a outras funções. “Quero colocar à venda no restaurante alguns produtos relacionados à alimentação e, com isso, aumentar o faturamento.”



Segundo Cláudio Mendonça, o cenário de crescimento econômico permanece otimista desde que baseado em produtos de consumo interno, “uma vez que a crise mundial assola o poder de compra de países como os Estados Unidos e da Europa,o que repercutirá na balança comercial”, descreve.



Mas, apesar da crise fora do país, Mendonça aposta no crescimento da economia brasileira “ estamos acima da média mundial, o que representa um cenário positivo de confiança, além de impactos reais como a implantação de grandes plantas industriais em nosso estado. O aumento do fluxo de capital circulante na região passa a gerar um ciclo virtuoso para o desenvolvimento local, fomentando o crescimento e a formalização de novos negócios também no setor de comércio, serviços e produção de alimentos”.



Emprego e setores - Outro fator positivo divulgado na pesquisa está relacionado a geração de empregos. Do ano passado para 2012, a expectativa de aumento no quadro de funcionários nas MPE´S cresceu 5% entre os empresários, chegando a 40%.



Quanto aos setores, o documento descreve que, em Mato Grosso do Sul o comércio abrange 41% do total das MPE´s, seguido por serviços, com 31% e, finalmente, agropecuária, 18%. A maioria destas empresas, 18% tem até dois funcionários.

Dos empresários pesquisados, grande parte, 32% está consolidado no mercado, ou seja, estas empresas têm entre 10 a 20 anos. Os empreendimentos que têm de 5 a 10 anos somam 20% do total, seguida daquelas recentes, que abriram há mais de um até cinco anos, totalizando 19%.

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