O mercado financeiro voltou a ficar de mau humor em relação ao crescimento da economia. Segundo a pesquisa semanal do Banco Central, feita com investidores e analistas, a projeção do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi reduzida de 0,70% para 0,64% neste ano.

Já a estimativa de inflação para 2003 pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 9,71% para 9,74% pela segunda semana consecutiva. E em novembro, a inflação poderá ficar em 0,55% e não mais em 0,53%, como previsto anteriormente.

Em 12 meses, porém, pelo mesmo índice, os especialistas do mercado prevêem redução de 6,27% para 6,17%. A expectativa para a taxa básica de juros (Selic) sofreu uma pequena alteração e passou de 17,10% ao ano para 17,32% anuais.

Para os preços administrados (controlados ou monitorados pelo governo), estima-se uma redução de 13,80% para 13,60% neste ano.

A pesquisa mostra ainda que a projeção para a balança comercial se manteve estável em US$ 22 bilhões neste ano e subiu de US$ 16,80 bilhões para US$ 17 bilhões no ano que vem. Os investimentos estrangeiros diretos em 2003 foram mantidos em US$ 9 bilhões, contra a projeção US$ 10 bilhões previstos pelo Banco Central, que já admite revisar esses números.

Analistas e investidores não alteraram a expectativa para o superávit primário do setor público, em 4,25% do PIB neste ano, e o saldo em conta corrente subiu de US$ 1 bilhão para US$ 1,30 bilhão.