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Pesquisa mostra que doação de empresas pode ser maior

Marli Moreira / ABr - 17 de maio de 2004 - 16:01

As doações aos programas sociais feitas pelas grandes empresas do país poderiam ser bem maiores, se houvesse a participação maciça do universo de empresas que podem aplicar a Lei de Incentivos Fiscais, deduzindo do Imposto de Renda parte ou o total das transferências de ganhos. É o que mostra pesquisa divulgada hoje pelo consultor jurídico do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), de São Paulo, Eduardo Szazi.

Os dados relativos ao ano de 2000 indicam que apenas 6% das empresas realizaram algum tipo de doação para causas sociais. De 188 mil empresas, só 2 mil participaram, somando doações no valor de R$ 550 milhões. Segundo Szazi, o volume poderia atingir R$ 4 bilhões, se a totalidade das empresas de maior renda estivesse participando.

Na opinião de Szazi, o que talvez esteja faltando é conhecimento mais detalhado sobre a aplicação da Lei de Incentivos Fiscais. Szazi informou que o número de empresas que podem recorrer aos incentivos detém 78% da renda gerada na iniciativa privada, cuja receita somou, em 2000, algo em torno de R$ 1,33 bilhão. Para o jurista, uma campanha de conscientização junto aos segmentos envolvidos poderia mudar o rumo dessas migrações financeiras. Isto já vem acontecendo no que se refere às pessoas físicas, observou, revelando que o crescimento de doações individuais aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente tem crescido de forma expressiva.

Em 2002, as doações somaram R$ 3,6 milhões e, no ano passado, passaram para R$ 39 milhões. Para este ano, a projeção é de que cheguem a R$ 49 milhões. Eduardo Szazi disse que essa elevação é resultado de campanhas de esclarecimento e de conscientização sobre o que cada um pode fazer para melhorar as condições sócio-econômicas da população.

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