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Geral

Pesquisa do BC mostra mercado pouco otimista com juros

Stênio Ribeiro/ABr - 31 de janeiro de 2005 - 10:40

O mercado financeiro elevou, esta semana, suas expectativas sobre a taxa básica de juros (Selic) para o final do ano. Analistas e instituições ouvidos pelo Banco Central toda sexta-feira sobre tendências dos principais indicadores da economia, que previam recuo da taxa para 16% ao ano no final de 2005, ficaram menos entusiasmados depois da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e agora projetam juros de 16,5%.

Com isso, a taxa média no ano, inicialmente calculada em 17,10%, e que na semana anterior havia subido para 17,60%, foi agora para 17,64%. O Boletim Focus, divulgado hoje pelo BC, manteve, porém, a projeção de 14,5% para a taxa Selic no fim de 2006, embora tenha elevado a estimativa de taxa média anual, de 15% para 15,25%.

Em virtude da continuidade do bom desempenho das vendas externas nas últimas semanas, os analistas de mercado já começam a corrigir, para cima, as projeções de saldo da balança comercial. A expectativa de superávit anual de US$ 26 bilhões, na semana passada, foi elevada para US$ 26,5 bilhões; e a perspectiva de saldo para 2006 também subiu de US$ 23,55 bilhões para US$ 24 bilhões.

O mercado sinaliza positivamente também para o crescimento da produção industrial, estimada em 4,63% este ano, e não mais nos 4,50% da semana passada, embora mencione queda de 4,25% para 4,20% na projeção para 2006.

O Boletim Focus manteve as projeções anteriores para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma das riquezas produzidas no país - em 3,70% neste ano e 4% no ano que vem. Também não mexeu nas estimativas de US$ 3 bilhões para o saldo de conta corrente externa e de US$ 13 bilhões para a entrada de investimentos estrangeiros diretos ao longo de 2005.

De acordo com os analistas de mercado, a taxa de câmbio deve fechar o ano nos mesmos R$ 2,90 projetados na semana anterior, com previsão de leve redução da taxa de câmbio média no ano: de R$ 2,83 para R$ 2,80. Isso vai ajudar a reduzir também um pouco a estimativa da relação dívida pública/PIB: de 51,55% para 51,40% (49,95% em 2006).

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