Todos os indicadores de inflação estão em baixa na pesquisa que o Banco Central realizou na última sexta-feira com uma centena de consultores financeiros e analistas de mercado.

Segundo a expectativa deles, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para as correções oficiais, deve encerrar este ano no nível de 6,21%, e não mais 6,32% como foi projetado na pesquisa da semana passada. Embora ainda acima da meta de 5,1%, a inflação está em baixa gradativa.

O IPCA também terá queda no prognóstico para este mês, caindo de 0,35% para 0,33%, e deve subir para 0,57% em julho, mantendo a previsão do Boletim Focus anterior. A perspectiva de inflação para os próximos 12 meses também cai de 5,38% para 5,11%.

De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), a perspectiva para a inflação deste ano na capital paulista também cai de 6,12% para 6,10%.

Essas reduções refletem, em parte, as acentuadas quedas que os preços no atacado vêm tendo há dois meses. Segundo o Boletim Focus, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) descerá de 5,84% para 5,61%, enquanto o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) cairá de 6,04% para 5,55%.

A pesquisa distribuída hoje prevê redução de inflação até mesmo nos preços administrados por contrato, ou monitorados -- caso dos combustíveis, energia elétrica, telefonia, educação, transporte urbano, medicamentos, água e outros. O reajuste acumulado das tarifas nesse segmento deve fechar o ano em 7,60%, ante 7,80% na projeção anterior.